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Jornalismo, freelancing, social media... e as estórias por detrás de tudo isto. Por Patrícia Raimundo

Produção de conteúdos: 5 formatos para 2012

Cada vez mais os produtores de conteúdos vão ter de se voltar para os dispositivos mobile e para os formatos que mais agradam os utilizadores. A pensar nisto, Corey Eridon apresenta 5 boas apostas para 2012 em 5 content formats to help you rock mobile in 2012.

Empregos nunca mais!

Corbett Barr anda a desafiar toda a gente a nunca mais aceitar um emprego. Porquê? Os sonhos e os hobbies ficam sempre para trás, alguém controla a maior parte da nossa vida por nós, ter um emprego é "perigosamente confortável" e... trabalhar por conta própria é das coisas mais gratificantes que podemos fazer.
A ideia é mais ou menos a de não-empregabilidade, de Susannah Breslin, de que já falei aqui.

Confesso que este post - 3 reasons to never take another job - veio mesmo na altura certa.

Self-marketing na quadra natalícia

Dezembro não é um mês fácil para quem procura trabalho freelance ou novos projectos: o Natal e a passagem de ano impõem-se no dia-a-dia das pessoas e das empresas e tudo parece ter de ser adiado para Janeiro.

Mas este período das festas, diz Catherine Tully, também pode ser uma óptima oportunidade para preparar terreno para o novo ano profissional que aí vem. Em Print writing and the holidays, a colaboradora do All Freelance Writing desafia todos os freelancers a aproveitarem a quadra natalícia para fazer algum self-marketing.

Dicas para melhores entradas

A entrada, todos sabemos, é o elemento decisivo que vai levar o leitor a decidir entre ler e não ler o artigo. É, por isso, importante que estas linhas sejam bem escolhidas. Writing the intro in simple steps, do Media Helping Media, pode dar uma ajuda nesta matéria.

"Regras de ouro" para freelancers

São seis as "regras de ouro" do jornalismo freelance que Bruno Horta aponta e eu tendo a concordar com elas todas. Destaco a quinta:
"O jornalista freelance deve ser o que as redacções não são: mais ágil e astuto que os jornalistas perdidos na abundância de dados e solicitações. As redacções escrevem as notícias do dia, vão à guerra, entrevistam o ministro, fazem o obituário. O freelance mistura as tintas e faz uma pintura nova. Eles são realistas, nós somos impressionistas."

Portefólio: o que escolher?

Já aqui tinha partilhado as dicas de Chris Bibey para escolher que artigos enviar como exemplos do nosso trabalho, mas Linda Formichelli vai mais longe nas sugestões em Clips 101: What they are (and aren't), how to get them, and how to make the most out of your clips. Obrigatório.

10 erros que podem arruinar a carreira de um freelancer

Não conseguir encarar o talento como um negócio, pensar no freelancing como um hobby, cobrar pouco e não arriscar pode arruinar a carreira de um freelancer. Estes erros comuns fazem parte da lista 10 reasons your freelance career is failing, de James Clear.

Estórias em tablets

Nicole Martinelli faz uma interessante reflexão sobre a produção de conteúdos para gadgets touchscreen em Five things journalists and photographers should know about tablet computers.

1 ano a escrever em jornalês: As estórias mais lidas

O 1º aniversário do Estórias em Jornalês merece um post estatístico!

As 5 estórias mais lidas:

1 ano de Estórias... em Jornalês

Faz hoje precisamente um ano que nasceu este blog.

Em Dezembro de 2010 decidi que ia fazer do freelancing um trabalho a tempo inteiro e alimentar um blog dedicado ao jornalismo começou a fazer cada vez mais sentido. Para além de servir como plataforma para albergar os meus relatos desta nova aventura profissional, o Estórias em Jornalês também tem sido uma montra para divulgar o meu trabalho. Além disso, é uma enorme motivação para aprender com quem já anda nisto há mais tempo e partilhar essa aprendizagem: nunca tinha acompanhado tantos blogs como agora.
São cerca de 60 os blogs que visito praticamente todos os dias. São uma inspiração e uma verdadeira escola. Saber mais, ler o que pensam e fazem outros jornalistas um pouco por todo o mundo é o mais gratificante no meio disto tudo.

Num ano muita coisa aconteceu. Escrevi um livro - Golfe em Portugal | 120 Anos de História, com a Mafalda Lopes da Costa - , recuperei algumas colaborações freelance mais antigas e conquistei algumas novas, fiz uma pausa de três meses no freelancing a tempo inteiro para me dedicar a um projecto editorial específico, produzi conteúdos para redes sociais e descobri um admirável mundo novo. Conheci pessoas que partilham comigo essa grande paixão que é o jornalismo e outras que se voltaram para outros caminhos. Voltei a fazer jornalismo por conta de outrem. Tive alguns dissabores. Propostas não aceites, mas que apareciam feitas. Ausência de respostas. Publicações demoradas. Pagamentos mais demorados ainda. Um dos meus entrevistados faleceu antes de eu ter conseguido publicar a reportagem. E eu não soube.

Apesar de tudo, voltaria a passar por isto uma e outra vez. E estou certa de que vou voltar. Porque o sentimento de não-empregabilidade de que fala Susannah Breslin existe mesmo e o freelancing acaba por ser um vício...

Obrigada por lerem estas Estórias.

CafePress

Crise: A (velha) desculpa

Putas y periodistas, de David Jiménez, é uma das melhores definições que já li daquilo que está a acontecer ao jornalismo na era da grande desculpa - a crise.

[Dica de António Granado]

Entrevistas em áudio e vídeo

Se quisermos fazer melhores entrevistas em áudio ou vídeo, temos de acabar de vez com os "hum-hum" e os "claro" que dizemos vezes sem conta quando estamos a entrevistar alguém. De facto, há formas igualmente eficazes de mostrar que estamos interessados no que o entrevistado está a dizer sem arruinar a nossa gravação. Esta e outras excelentes 9 dicas estão em 10 tips for recording a better interview, de Adam Westbrook.

O choque digital nas redacções

Carlos Narciso publica uma entrevista em quatro partes com o António Granado sobre o "choque digital" nas redacções, jornalismo multimedia, especializações, polivalência, o modelo de negócio digital, publicidade online, o imprevisível futuro dos media portugueses, entre muitos outros assuntos. Uma interessante reflexão que vale mesmo a pena ver e ouvir aqui:

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4

[Dica de Pedro Jerónimo]

Elementos multimedia

Quando e como usar vídeo, fotografia, som e gráficos para complementar uma estória? O International Journalists' Network tem a resposta em Elements of good multimedia storytelling.

Economia, finanças e negócios

Como qualquer área especializada, o jornalismo que cobre as áreas da economia, finanças e negócios tem as suas particularidades. A forma de desenvolver boas relações com as fontes é uma delas. O International Journalists' Network apresenta óptimas dicas neste departamento em How to develop sources for business stories.

Freelancing: Dicas para começar

Já há algum tempo que não lia tão boas dicas para quem está a pensar começar uma carreira como freelancer. Estas são de Allie Freeland, colaboradora do Freelance Switch: Seven tips for the beginning freelance writer... e estas são de Sarah Marshal, do Journalism.co.uk: Ten things every freelance journalist should know.

Estórias para lá do óbvio

O que fazer quando temos de cobrir um tema que já não é novidade? Descobrir um novo ângulo, claro.

O International Journalists' Network mostra como um assunto batido - o tráfico de pessoas - pode ser abordado de forma inovadora e fresca em How to develop story ideas on social issues.

Boas lições de SEO...

... nunca são demais.

7 Keys to SEO: How to help people find your blog, Steve Buttry @ The Buttry Diary.

Mais sobre SEO no Estórias em Jornalês:

SEO básico para jornalistas
Mais noções de SEO

Nichos

Os nichos podem ser excelentes apostas profissionais: potenciam apetências, criam especialistas e são factores de diferenciação. Mas o que é que pode ser nicho? Basicamente, tudo pode.

Ryan Broussard dá três exemplos em Itching to cover a niche? - ambiente, tecnologia e casamentos -, mas as possibilidades são infinitas...

Cada palavra conta

Fazer o melhor texto da minha vida, tenha 500, 1.000 ou 10.000 caracteres disponíveis, é para mim um dos maiores e mais aliciantes desafios do jornalismo.

Steve Buttry dá excelentes e imperdíveis dicas para consegui-lo em Make every word count: Tips for polishing and tightening copy.


Obrigatório.

Os velhos Ws revisitados

Depois de Paul Bradshaw ter criado verdadeiros novos conceitos em torno dos Ws, Steve Buttry vem revisitar os velhinhos who? what? when? where? why? e how? e mostra que eles continuam a fazer sentido, mesmo quando fazemos coisas aparentemente tão simples como um live-tweeting ou uma peça em vídeo.

Vale mesmo a pena rever a lição e actualizá-la: The 5 W's (and How) of writing for the web.

Entrevistas: combater os nervos

Pode parecer piada, mas há de facto muitos jornalistas que, por muitas entrevistas que façam, não conseguem evitar os nervos quando estão frente-a-frente com as fontes.

Eu adoro entrevistar. Preparo-me o melhor que consigo, raramente escrevo as questões e gosto de deixar a conversa fluir. Mas confesso que, quando estou pouco à vontade com o tema ou quando, durante a entrevista, a conversa não corre da melhor maneira, também me deixo afectar um pouco pelos nervos.

Linda Formichelli - que já fez cerca de 2000 entrevistas ao longo de toda a sua carreira mas nem por isso deixa de ter um certo receio de enfrentar as fontes - apresenta 5 excelentes truques para combater os nervos que todos os jornalistas deviam espreitar.

Os mistérios do lead

Há estórias que já nascem com lead. Há leads que aparecem durante as entrevistas ou no terreno. Outros há que simplesmente não aparecem - há que encontrá-los. E também há aqueles que se revelam a meio da estória. Ou no fim. Ou no chuveiro, quando menos esperamos.

Gosto de pensar no lead assim como uma espécie de mistério - ou melhor, desafio - do jornalismo. Escrever um bom lead pode ser tão aliciante como desesperante (se a inspiração for tão curta como o deadline), da mesma maneira que afiná-lo é uma deliciosa tarefa de minúcia, quase um jogo.

É por tudo isto que acho genial um dos últimos posts de Steve Buttry. Strong from the start: advice for writing leads é um verdadeiro manancial de conselhos, dicas e técnicas - dos mais básicos aos mais engenhosos - para escrever leads melhores, mais focados e inspirados. Obrigatório.

De freelancer full-time a freelancer part-time

Em 2008, comecei a fazer freelancing part-time. Acumulava o meu trabalho como jornalista do projecto Guia da Noite com colaborações mais ou menos regulares com outras publicações como a Notícias Magazine, ou as revistas do grupo Proteste.

Depois, no final de 2010, a vida trocou-me as voltas. Eu, que pretendia passar, gradualmente, a freelancer full-time, fui "atirada" para o freelancing quase sem aviso. E assim foi: desde Dezembro do ano passado, altura em que nasceu o Estórias em Jornalês, passei a trabalhar exclusivamente por conta própria, até há um mês, quando resolvi voltar a trabalhar como jornalista empregada novamente, mantendo, sempre, as colaborações.

Uma grande confusão, dirão vocês. Eu acho simplesmente que são situações que acontecem naturalmente ao longo da vida. E se, no início, dava por mim a estranhar esta inconstância de estados - ora freelancer part-time, ora freelancer full-time, ora part-time outra vez -, e a tentar decidir-me só exclusivamente por um, hoje encaro tudo isto com uma abertura muito maior e consigo ver vantagens em ambas as situações. Tudo depende da oportunidade e do timing - tudo tem o seu tempo e nada é definitivo, costumo dizer.

E, claro, ajuda muito saber que não sou a única. James Patterson tem um percurso semelhante em alguns pontos e conta tudo em 5 reasons part-time freelancers shouldn't quit their day jobs.

Cobrir conferências...

... é coisa que tenho feito bastante nos últimos tempos. E concordo plenamente com Laura Dew quando diz que a falta de preparação para a cobertura é meio caminho andado para o falhanço da reportagem. Este e outros conselhos úteis estão em How to report a conference, um artigo convidado do Wannabe Hacks que vale a pena espreitar.

Ser jornalista tem muito que se lhe diga

Susannah Breslin voltou recentemente à série de artigos How your journalism sausage gets made e, para ser franca, já lhes perdi a conta.

Ao que parece, o post de que falo hoje já é o número 12 da série e parte de um princípio interessante: ser jornalista hoje é mais complicado do que nunca. É claro que Breslin não se está a referir à parte mais prática, digamos assim, da profissão - felizmente a tecnologia tem nos ajudado muito nesse campo. A reflexão da autora do Pink Slipped está mais relacionada com a questão objectividade/subjectividade e outras que tais.

Já muito se tem dito sobre o assunto, mas talvez nunca desta maneira.
"The thing about journalism is that it’s not just about objectivity, and it’s not just about subjectivity. It’s not just about facts, and it’s not just about people. It’s not just about news, and it’s not just about stories. It’s more complicated than that, and if you’re doing it right, you never resolve that conflict, you never figure it out, not really, anyway. Because what you are doing for a living is attempting to chronicle the human experience. And if you think you can do that, as a human being, with objectivity, without putting your heart into it, without risking your life, and falling in love, and going a little crazy, you shouldn’t be a writer. You should be a doorstop."

Os novos Ws

Nós, jornalistas, conhecemos bem a ladainha dos cinco Ws + um H: uma estória não vive sem as respostas às perguntas why?, where?, when?, who?, why? e how. Quanto a isto, nada a acrescentar.

A novidade é outra. Paul Bradshaw decidiu pegar neste esquema bem conhecido e reinventá-lo, para explicar como escolher uma estratégia de conteúdo mais adequada aos nossos dias. Segundo esta lógica temos quatro Ws - what?, where?, when? e why? - e um H - how? - , mas as questões são sem dúvida outras e estão relacionadas com formatos, plataformas e meios que hoje temos à disposição para contar as nossas estórias.

Vale mesmo a pena espreitar a reflexão de Bradshaw em Choosing a strategy for content: 4 Ws and a H.

Salvar o jornalismo

Jacob Harris tocou num ponto muito interessante num dos seus últimos posts no Nieman Journalism Lab: nenhuma ferramenta vai salvar o jornalismo. E não há problema nenhum nisso.

Os "porquês" estão em This post won't save journalism. (Sorry.), um artigo de leitura obrigatória.
"And remember, no tool will save journalism. You will."

Vivendo e aprendendo

Apesar da quantidade de gerúndios (argh!), gosto desta expressão popular. Rebecca Garland também. Em Lessons learned the hard way, a colaboradora do All Freelance Writing apresenta algumas das lições que só se aprendem fazendo.

Freelancers desesperados

Não deve haver um freelancer que nunca tenha sentido aquela sensação de desespero: as contas começam a acumular-se e não aparece um único trabalho!

Como dizia o outro, o importante é não panicar. Carol Tice tem a solução para freelancers desesperados aqui: What freelance writers should do when they're desperate.

O ciclo vicioso dos estágios não remunerados

"Smaller companies, who have no intention of giving a job to an intern at the end of their well earned stint as their company simply cannot afford them. So every few months they take on an intern to perform a would be junior assistant position. Or perhaps they could budget an extra person, but choose not to as well, why pay someone when they can get somebody else to do it for free? Overall, internships create a vicious cycle that narrows graduates hopes of getting that first job."
Agora é que Emily Handford, a Intern dos Wannabe Hacks, falou bem. Resta dizer que também cabe aos recém-licenciados pôr um ponto final neste ciclo vicioso: como é que os meios de comunicação social vão começar a pagar por jovens jornalistas enquanto houver quem aceite trabalhar de borla?

Estórias em vídeo: erros comuns

10 common video storytelling mistakes (and how to avoid them) é um excelente artigo de Adam Westbrook que todos os jornalistas dedicados ao vídeo (e não só) devem ler.

trabalhadoresindependentes.com

Está on-line desde 3 de Outubro e é um portal português onde freelancers de todo o país e de todas as áreas podem criar o seu perfil para angariar clientes. Até 28 de Dezembro as inscrições são gratuitas, a partir dessa data, as assinaturas anuais deverão ter um custo ainda não divulgado. Neste momento, o trabalhadoresindependentes.com tem registados 10 jornalistas.

Mais uma plataforma para experimentar.

Últimos artigos publicados: Notícias Magazine #1014

Luís de Almeida Gonçalves, hoje um homem de 51 anos, foi a primeira criança portuguesa diagnosticada com autismo. No início do ano fui conhecê-lo à sua casa, no Vale de Santarém, onde vivia, na altura, com o pai, José Carlos de Almeida Gonçalves e com a mulher deste, a Dona Graça.

A reportagem é publicada na Notícias Magazine de hoje e conta como os pais de Luís lutaram por um diagnóstico que tardava; como, mais tarde, fundaram a primeira escola para autistas do país e como tem sido a vida de Luís desde então. Infelizmente, José Carlos de Almeida Gonçalves já não poderá ler esta estória, que tão bem ajudou a contar. Faleceu no mês passado, aos 82 anos, sem que eu ou a direcção da revista suspeitássemos.

A notícia pesa-me no coração, e pesa-me também o facto de não termos ido a tempo sequer de publicar uma nota junto ao texto - quando soube, já a revista tinha sido impressa. Contamos fazê-lo na próxima edição. Por tudo isto, só posso pedir desculpa à família, a todos os que conheceram este homem determinado e a quem se cruzar com esta estória, mesmo que não conheça os protagonistas.

O primeiro autista português também se lê aqui.

Media newsletters

Muito interessante o artigo de Adam Thomas, no Media Helping Media. São dez dicas úteis para escrever media newsletters eficientes, coisa que me parece que se devia fazer mais por cá.

Criar uma marca

O freelancing é um negócio por conta própria: há que habituar o mercado a uma marca, uma marca de qualidade e confiança. Mesmo no jornalismo / produção de conteúdos.

Muitos esquecem-se disto e é assim que muitas carreiras ficam para trás. James Clear, do Freelance Switch, faz questão de nos refrescar a memória com 5 rarely remembered rules for building your freelance brand.

Soluções, não problemas

O que os editores querem é soluções, não problemas, diz Linda Formichelli. Se por algum motivo o trabalho não está a correr bem - o entrevistado não responde, o ângulo não está a resultar, não conseguimos cumprir o deadline ou, como me aconteceu esta semana, a gravação da entrevista ficou completamente imperceptível - o mínimo que temos de fazer é contornar a situação,  encontrar uma solução e não deixar para o editor a resolução do problema.

Ser capaz de dar a volta a uma dificuldade garante uma relação saudável com os editores e é uma grande prova de profissionalismo.

Dizer a um cliente que está errado

Mais tarde ou mais cedo isto acaba por acontecer: o cliente para quem estamos a trabalhar está errado. Não sabe como se faz e não aceita as nossas sugestões, não está a par das novas tendências ou da evolução da tecnologia e teima em ir por ali.

Quando isto acontece, há duas hipóteses: ou seguimos o que o cliente quer, independentemente de essa ser ou não a abordagem mais correcta - afinal é ele que está a pagar pelo trabalho, foi ele que o encomendou -; ou tentamos dizer-lhe, cordialmente, que está errado.

Dependendo da situação, seguiria um ou outro caminho. Por vezes não concordamos com todos os pormenores ou modos de fazer, mas nem sempre se justifica fazer oposição. Afinal, é muito improvável trabalharmos com alguém que tenha exactamente as mesmas opiniões que nós.
Mas quando o erro é gritante - contrataram-nos porque somos especialistas neste tipo de trabalho, certo? - ou quando não há a mínima abertura para sugestões, há que dizer mesmo ao cliente que está errado.

Como fazê-lo sem perder um cliente ou sem tornar o trabalho que se segue verdadeiramente insuportável? Thursday Bram apresenta 7 abordagens, umas mais delicadas que outras, em  7 ways to tell a client he's wrong. É só escolher e experimentar.

Últimos artigos publicados: "Moonspell: Heavy metal portuguese style" @ PDV

A poucos dias do concerto especial que revisita Wolfheart, faço uma viagem pela história dos Moonspell no Portugal Daily View.

Fernando Ribeiro, o vocalista da mais bem sucedida banda do heavy metal português, conta qual era o sentimento que atravessava a banda nos primeiros tempos - quando publicavam a fanzine DarknessZine e trocavam cassetes com metaleiros de todo o mundo - fala sobre a vida na estrada, a relação com os fãs estrangeiros e as influências portuguesas que marcam toda a discografia dos Moonspell.

Moonspell: Heavy metal portuguese style lê-se aqui.

Últimos artigos publicados: Guia da Noite Lisboa #15

Por esta hora, o #15 do Guia da Noite Lisboa já deve estar nos principais spots lisboetas.

Nesta edição fui descobrir como é que se faz música a seis cores numa conversa com Afonso Cabral, vocalista dos You Can't Win, Charlie Brown. Chromatic, o disco de estreia destes rapazes "seriamente barbudos", tem conquistado os ouvidos atentos de melómanos dentro e fora de portas e até já esgotou a primeira edição.

Depois, tive o enorme prazer de conhecer o ilustrador, performer e cenógrafo António Jorge Gonçalves. Entre uma chávena de chá verde acabado de fazer e um disco de sonoridades exóticas, o artista contou-me como é que se deixou fascinar pelos mecanismos do acaso e, a certa altura, passou a tomar decisões com base nos resultados de um lançamento de dados. Foi esta abertura ao aleatório - e ao mundo! - que o fez lançar-se na grande aventura de desenhar pessoas no metro, em várias cidades do mundo. O resultado dá pelo nome de Subway Life e é apenas uma das muitas facetas deste autêntico homem do dado.


Para o Dj Shot, desta vez fui ao encontro de um porto-santense que se rendeu aos encantos lisboetas. Entusiasta das sonoridades quentes e da mistura exótica de estilos, Fabrizio desprendeu-se da electrónica pura e dura e hoje pratica uma espécie de "funk global", como gosta de lhe chamar.

O Guia da Noite Lisboa #15 conta ainda com a minha retrospectiva do que foram estes cinco anos do Jameson Urban Routes, o primeiro festival indoor organizado por um clube. E como a quinta edição começa precisamente hoje, ainda há tempo para algumas sugestões e destaques da programação deste ano.

A não perder também a entrevista aos Dead Combo, que acabam de lançar Lisboa Mulata, e o artigo sobre a nova (mo)vida do Cais do Sodré, dois trabalhos da minha colega Myriam Zaluar.

O Guia da Noite #15 é distribuído gratuitamente em Lisboa e pode folhear-se aqui e agora em qualquer parte do mundo:


Ferramentas do Google que os jornalistas não usam - mas deviam

Jornalistas, há vida para além do Gmail, do Gtalk, do Google Calendar, do Google Docs e do Google+...

Uma plataforma de crowdsourcing, ferramentas para tratamento de dados, estatísticas de pesquisa e até um projecto que dá informação sobre catástrofes naturais e outro tipo de crises... Estas são algumas das ferramentas que o Google disponibiliza gratuitamente e que podem ser muito úteis para qualquer jornalista - muito embora sejam poucos os que as conhecem e utilizam efectivamente.

A lista completa está em Five Google tools journalists don't use but should, um excelente artigo de Margaret Looney no International Journalists' Network.

Responder aos comentários dos leitores

Entre muitas outras mudanças, o ciberjornalismo trouxe a possibilidade de os leitores comentarem os artigos fácil e rapidamente. Quando um jornal ou revista online tem a opção de deixar comentário, jornalistas e editores têm que estar preparados para ler as opiniões dos leitores e devem saber quando e como responder.

O artigo de hoje de Tamara Littleton no Journalism.co.uk aborda estes e outros assuntos relacionados com os comentários online: se e como moderar comentários; em que casos e como responder; como corrigir erros online, entre outros conselhos úteis.

3 situações que podem "minar" a carreira de um freelancer

Quando as coisas não correm como esperado - o trabalho não aparece ou quando aparece é mal pago -, temos duas hipóteses: ou culpamos a crise ou revemos aquilo que podemos estar a fazer mal.

É verdade que a crise tem andado a fazer das suas, mas nem sempre é a única responsável pelos fracos resultados de um freelancer. Maria Beck apresenta três situações que podem estar a "minar" a carreira de muitos freelancers, sem que sequer se dêem conta disso. O melhor de tudo é que a convidada do The Renegade Writer dá ainda algumas dicas preciosas para contornar essas "armadilhas" em 3 pitfalls that keep freelancers from landing better writing assignments (and how to avoid them).

Lições de uma freelancer

Quando deu por isso, LaToya Irby já estava a trabalhar como freelancer há três anos. Durante todo este tempo, foram muitas as lições que aprendeu. As mais importantes estão em Biggest lessons of my freelance career e são de leitura obrigatória.

Marketing para freelancers

Já aqui tinha dito que fazer algum self-marketing é indispensável para que um freelancer possa subir um patamar na sua carreira. Volto a reforçar a ideia e deixo aqui as sugestões de Jennifer Mattern para planos de marketing eficientes para freelancers.

Revisão e aprovação pelas fontes

De um lado está o argumento do rigor e da precisão; do outro está o argumento de que o bom jornalismo é independente e não depende da aprovação das fontes. Afinal, devem ou não as fontes rever e aprovar os artigos antes de serem publicados? O dilema adensa-se quando se trata de estórias sobre ciência e saúde e há boas razões de ambos os lados.

Esta semana, o António Granado chama a atenção para dois artigos do The Guardian sobre este interessante debate que valem mesmo a pena ler aqui: Devem as fontes ler os artigos antes de serem publicados?

Perfil

O perfil é, sem dúvida, um dos meus géneros jornalísticos preferidos. É mais difícil de escrever, mas é um prazer enorme descobrir de que são feitas as vidas de quem entrevistamos. As entrevistas podem ir mais fundo e, conforme aquilo que o perfilado nos contar - e aquilo que sentimos ao fazer o trabalho - , há uma enorme possibilidade de ângulos a explorar.

Diria mesmo que há uma certa liberdade que outros géneros não nos dão. Mas atenção, isto não significa que não tenhamos que seguir regras. Já na faculdade ouvia dizer que um bom perfil deve ter quatro a cinco fontes diferentes. Deb Wenger inclui este e outros conselhos úteis em Writing better profile stories.

Mais alternativas

Em Julho apresentei aqui a lista de caminhos profissionais que um jornalista / produtor de conteúdos pode hoje seguir, como alternativa aos tradicionais, segundo Corey Freeman. Agora é a vez de Jennifer Mattern sugerir mais três alternativas para quem quer trabalhar com as palavras em Types of freelance writing jobs you can pursue today.

Quando as coisas se complicam...

De repente, aquilo que era um simples artigo transforma-se num enredo sem fim: o editor acha que afinal não era bem aquilo, pede mais uma entrevista, mais uma caixinha, mais uma foto, mais uma ajuda para uma peça paralela, mais isto e mais aquilo... e quando damos por ela, temos em mãos um trabalho muito diferente do inicialmente encomendado pelo mesmo preço. Ora, para um freelancer, é importante que tudo esteja bem explicitado no início do trabalho: só assim se podem contabilizar devidamente as horas de trabalho e as despesas associadas para se fazer um orçamento adequado.

O que fazer exactamente quando complicações deste tipo aparecem? Aceder aos "pedidos especiais" pode dar os seus frutos e ser até uma mais-valia, mas, por outro lado, uma "derrapagem" deste tipo pode implicar os restantes trabalhos de um freelancer e o valor a receber pode mesmo não compensar o esforço extra.

Já passei por isso e sei como pode ser complicado tomar uma decisão. Neste departamento, o The Renegade Writer dá uma ajuda preciosa: How to battle scope creep in a writing assignement é de leitura obrigatória.

Estruturar preços e orçamentos

Ok. Estabelecer quanto cobrar e fazer orçamentos deixou de ser um drama. Mas e se a forma desse orçamento não estiver correcta? Estarão todas os pontos bem esclarecidos no preço final? É a pensar nestas questões - que têm mais a ver com estrutura do que com números propriamente ditos -  que Jennifer Mattern apresenta 3 signs it's time to rethink your rate structure.

O que é preciso para se ser freelancer

"The best way to be a freelance journalist is to wake up every day and be a freelance journalist."
Quem o diz é Andrew McMillen e eu não podia estar mais de acordo.

Um tweet de apresentação

Jon Offredo odeia escrever cartas de apresentação e não é o único.
Um dia, o Jobseeker dos Wannabe Hacks deu um murro na mesa e em vez de uma carta... escreveu um tweet de apresentação. Sim, uma carta de apresentação com 140 caracteres.

No fim de contas, temos duas opções quando nos candidatamos a um emprego ou enviamos uma proposta: ou fazemos a coisa como deve ser - uma carta personalizada, cuidada, feita à medida - ou viramos completamente o jogo e ousamos inovar - 140 caracteres de motivação podem servir o propósito. O que não vale é copiar e colar o mesmo discurso uma e outra vez.

Estes e outros conselhos para escrever boas cartas - ou tweets! - de apresentação estão em The Jobseeker's slightly angry post about writing cover letters.

Networking

Por vezes, não há ninguém melhor que um novato para explicar o bê-a-bá a quem também quer começar nestas andanças. Ninguém melhor que um novato entende as dúvidas e ansiedades de outro novato. Neste caso, é a Intern dos Wannabe Hacks que dá uma lição de networking básico para jovens jornalistas numa série de dois post:

How to be a networking pro: part one
How to be a networking pro: part two

Eu errei

Quando um jornalista não só admite um erro, como assinala a data em que o cometeu dez anos depois... isso é digno de se lhe tirar o chapéu.

Eu já escrevi uma manchete errada é uma lição de jornalismo. Uma das muitas lições que o António Granado me tem dado ao longo destes últimos anos.

Ainda há empregos seguros?

Robert Niles acha que nem um contrato de trabalho garante necessariamente um emprego seguro e dá algumas dicas para detectar postos de trabalho em risco. Numa altura em que os despedimentos colectivos em grandes grupos de media portugueses são uma constante, vale mesmo a pena ler What does "job security" mean for a journalist, anyway?.
"To me, job security means working for someone who I know will never fire me. In my experience, with this industry in this economy, there's only one person I trust fits that description: Me."

Palha para encher jornais

Delicioso e genial, o blog Unnecessary Journalism Phrases! Estão lá aquelas frases redundantes que se usam quase sem se dar por isso; as expressões que só servem para encher chouriços e aquelas palavrinhas a mais que não acrescentam nada mas que tanto jeito dão para "compor" o texto e chegar ao número de caracteres desejado. Palha da melhor!

O António Granado diz que tem pena de não ter tempo para fazer uma versão portuguesa disto. E não é o único.

Vêm aí as festas...

Sim, Jennifer Mattern já está a pensar no Natal.
E a verdade é só uma: se não fossem os inesperados 30ºC que se fazem sentir ainda em Outubro, aposto que toda a gente já estaria a pensar no mesmo e, de um dia para o outro, as montras das lojas começavam a exibir motivos natalícios...

Dezembro está à porta e a colaboradora do All Freelance Writing tem razão: há que preparar as festas. Não estamos a falar da ceia de Natal, mas das férias, esse verdadeiro tema-tabu para os freelancers. A época natalícia pode ser uma óptima altura para descansar, uma vez que se trata de uma espécie de mini silly season em que pouco acontece para além da corrida às lojas.

Mas para que tudo corra pelo melhor (por um lado, há que ter consciência que sem trabalho não há vencimento e, por outro, há que avisar os clientes de que se vai estar fora por uns tempos), diz Mattern, é necessário planear .... e já!

A importância dos contactos

Desde os tempos da Faculdade que ouço isto: um jornalista é tão bom quanto a sua carteira de contactos. E, de facto, assim é. São eles que nos dão as estórias: dão ideias, são fontes preciosas de informação, podem ajudar em  assuntos que não dominamos, comentam aspectos relevantes dos temas, acrescentam factor humano... As razões são intermináveis e para interiorizar.

E como nunca é de mais repetir, vale a pena ler as dicas de Natalie Clarkson, a Undergrad dosWannabe Hacks, para fazer novos contactos.

Falar com jornalistas? Eu?

Ultimamente tenho tido uma série de contactos difíceis para fazer e nem sempre tenho conseguido as entrevistas à primeira tentativa (ou à segunda, ou à terceira...). Quando isto acontece, balanço entre a ira e a frustação - bolas! Mas por que raio não quer este tipo falar?! -, mas hoje dei comigo a olhar a situação de outro ângulo. Afinal, a pergunta deveria ser outra: por que carga de água é que alguém haveria de querer falar com um jornalista?

E assim percebi como é difícil para nós, jornalistas, colocarmo-nos na pele dos potenciais entrevistados. Estaria eu disposta a falar com um tipo que não conheço de lado nenhum, correndo o risco de tudo o que eu disser ser mal interpretado? Para quê perder o meu tempo? Boa pergunta.

Lembrei-me então deste artigo, já antigo, do Media Helping Media: Why would anyone talk to a journalist?. Nele, Don Ray dá algumas dicas para o jornalista perceber a relutância de quem está do outro lado da barricada, condição essencial para ultrapassar esses constrangimentos e conseguir construir uma boa relação com as fontes.

Transformar um cliente em dois

Os freelancers estão constantemente à procura de um novo cliente. Mas porquê ter só mais um quando se pode ter mais dois?

Chris Bibey dá três sugestões simples e eficazes para rentabilizar contactos antigos e aumentar a carteira de clientes em How to turn one client in two.

Uma questão de saúde

Linda Formichelli acha que, para muito boa gente, encontrar tempo para escrever é mesmo uma questão de saúde.

E eu também.
"The biggest obstacle getting in the way of most would-be professional writers is that between their regular jobs, their families, and their other obligations, they can never find the time to build their writing careers — time to brainstorm ideas, time to write, time to market.
The trick is to make the time — don’t find it."

Propostas "a frio"

Antes de mais, uma novidade: o Wannabe Hacks tem nova gerência. O actual mandato pertence a Emily Hanford, a Intern; Jon Offredo, o Jobseeker; Natalie Clarkson, a Undergrad; Jonathan Frost, o Entrepreneur e Hannah Bass, a Postgrad.

Tenho acompanhado o desempenho dos novos Hacks (a mudança tem já algumas semanas) e encontrei um interessante artigo em duas partes sobre como fazer propostas "a frio". Sugerir peças pela primeira vez, sem que haja qualquer tipo de relação com o editor, não é fácil, mas é preciso começar por qualquer lado. E quem é freelancer conhece bem a importância do cold pitching. A pensar nisto, a Postgrad convidou Hal Hodson a apresentar algumas dicas para propostas "a frio" bem sucedidas.

Para resistir às baixas temperaturas e conseguir quebrar o gelo... 
Para recordar outros conselhos sobre propostas...

A primeira edição

Gosto que a primeira edição seja minha. Antes de enviar ao editor, faço questão de reler tudo, várias vezes. Tento sempre ter tempo para deixar o texto repousar (se possível, de um dia para o outro), e, quando volto a pegar nele, há, invariavelmente alterações a fazer. Uma frase que não soa bem, uma palavra que merece ser substituída por outra, afinar o lead, a entrada ou a conclusão. Às vezes escolho o título definitivo de entre as 3 ou quatro opções que escrevi. E há sempre gralhas, por vezes um verbo que não concorda, ou uma frase terrivelmente longa. Chego a cortar um parágrafo inteiro.

Tento enviar o texto final o mais satisfeita possível e depois é esperar pelo feedback do editor, que terá um olhar ainda mais fresco que o meu e um sentido ainda mais apurado do que é o estilo da publicação.

Sei que muitas vezes terminamos as peças em cima do deadline e que a nossa primeira reacção é anexar a coisa, enviar o mail às 3h da madrugada e desmaiar na cama. Mas o tempo da nossa primeira edição não é tempo perdido. Evita coisas desagradáveis como deixar para o editor a correcção de gralhas quase imperceptíveis e a desilusão que é, ao ler o texto publicado, darmos de caras com um trabalho que está longe de nos satisfazer. Só eu sei o que senti quando, num artigo que tanto gozo me deu escrever, vi, a linhas tantas uma gralha que deve ter passado por mim - e pelos editores - dezenas de vezes. Era missa que queria dizer, não missão. Mas foi missão que saiu e já nada havia a fazer. Nunca mais me vou esquecer disso.

Tudo isto para dizer que compensa sempre investir algum tempo na primeira revisão e edição e que vale a pena espreitar as dicas de Marya Zainab em The ultimate 15 point checklist to make your writing come alive.

Ferramentas para colaboradores

Já aqui tinha falado do Kapost e toda a gente conhece o Google Docs ou a Dropbox, mas a lista de ferramentas para colaboradores que Sarah Marshall faz vai muito além disto. Há até editores de vídeo para quem precisa de fazer edição a mais que um par de mãos.

E o melhor é que é tudo grátis.

Conteúdos avulsos

E se, para comprar aquela t-shirt da montra, o cliente tivesse obrigatoriamente que comprar também as calças, o casaco e os sapatos que estão no manequim? O mais provável é que perdesse a vontade de comprar seja o que for.

Robert Niles acha que é exactamente isso que acontece com os conteúdos. Há muitos clientes que não estão para comprar pacotes de conteúdos e assinaturas quando o que querem, de facto, é aquele conteúdo específico - a t-shirt da montra e não as calças e os sapatos e o casaco. Se uma boa parte dos clientes prefere conteúdos avulsos, porque não apostar neste modelo de negócio?

Sobre isto, vale mesmo a pena ler Looking to increase content sales and revenue? Debundling will be the hot growth market.

Dicas para entrevistas em vídeo

Hoje, um jornalista pode ter de contar a estória em diferentes formatos: texto, vídeo, áudio, slideshow...
Eu confesso que me sinto muito mais à vontade com as palavras do que com as imagens, por isso as dicas de Don Ray para entrevistas em vídeo vieram mesmo, mesmo a calhar.

Mais números do Freelance Industry Report

Depois de Ed Gandia do Freelance Switch, agora é a vez de LaToya Irby do All Freelance Writing retirar algumas conclusões interessantes do Freelance Industry Report deste ano.
"Freelancing is mostly recession-proof – 52% haven’t been largely affected."

Manter o contacto com os editores

Não é novidade para ninguém: conseguir uma boa relação com um editor é quase sempre difícil, por isso manter contacto e estreitar relações é fundamental para um freelancer. O The Renegade Writer dá excelentes dicas para não se perder um editor de vista (sem que isso pareça perseguição) em 6 ways to stay in touch with your editors.

Heróis e vilões

Pertinente, divertido, encorajador. Katie Tallo diz que quem vive da escrita tem de saber enfrentar as críticas, os níveis baixos de autoconfiança e as dificuldades que aparecem pelo caminho - os vilões - como um verdadeiro herói. Uma história para ler - e um conselho para seguir - no Write to Done: Become the hero of your writing lifeImperdível.
"We all have our demons. We’ve all heard crappy people say crappy things to us at one time or another in our lives. [...] But if we really want to keep on writing, we have to become the heroes in our own story. We have to stand up to those villains, be vigilant, stay awake to what matters and not let nightmares shape our writing life. To truly come to a place where we see ourselves as good enough, we must defend, fight, envision, love and do our writing. We must let our writer lead the charge."

Ghostwriting: erros comuns

Já aqui tinha deixado as principais dicas de Will Kenny sobre ghostwriting, mas quem quer mesmo começar a desenvolver este tipo de trabalho não pode deixar de ler o seu último post no Freelance Switch. How to blow a business ghostwriting assignement apresenta os erros comuns a evitar quando se escreve em nome de um cliente, sobretudo na área empresarial.

A vida depois do pomodoro

Estou a experimentar a técnica do pomodoro desde quarta-feira e tenho que admiti-lo... parece-me que funciona mesmo!

Não, não há nada de milagroso nisto, nem é impossível conseguir os mesmos níveis de concentração sem o engraçado objecto de cozinha. A verdade é que ter o temporizador ligado ajuda muito a estabelecer uma predisposição para a concentração. O pomodoro dita as regras e temos só que cumpri-las - 25 minutos de trabalho intenso, 5 de descanso - e o nosso cérebro parece gostar disto.

Esta semana tinha um deadline especialmente apertado e mais fontes de distracção que o normal, a altura ideal para testar a técnica ao limite. Comecei pela transcrição de uma entrevista gravada, como sempre faço - cerca de 45 minutos de agradável conversa. Transcrever é, talvez, das piores tarefas que um jornalista tem em mãos e sei que não sou a única a achar isto. Muitos dos meus colegas já desistiram de gravar e muitos daqueles que gravam ainda as entrevistas acabam por transcrever apenas uma parte ou usá-las como mero recurso de emergência. Eu, apesar do masoquismo, faço questão de transcrever a entrevista quase sempre na íntegra. Demoro mais e sofro durante umas boas horas, é certo, mas fico com o trabalho mais organizado para que o artigo flua melhor.

A transcrição é, por isso, um problema. Não é uma tarefa particularmente interessante e é demorada q.b, por isso a concentração torna-se difícil... o que só atrasa ainda mais o processo. Ora, foi aqui que senti os maiores benefícios do pomodoro. Sempre que sentia a tentação de espreitar o mail ou as últimas do Facebook (a cada frase transcrita...), lembrava-me que tinha o temporizador ligado e que aquele era o momento de estar concentrada. Quando o pomodoro soasse, poderia ver tranquilamente um site ou outro ou ir buscar qualquer coisa para comer à cozinha.

À medida que os pomodoros se seguiam, foi cada vez mais fácil manter a concentração. Já não sentia tanta vontade de ver o e-mail ou de inventar uma desculpa qualquer para me levantar da secretária. E a verdade é que, quase sem dar por isso, os 25 minutos passavam, eu fazia a minha pausa (curta, é certo, mas o ideal para não quebrar o ritmo) e o trabalho corria, sem stresses.

É claro que em alguns ciclos de 25 minutos tive de atender uma chamada urgente ou enviar um sms, mas, regra geral, senti-me concentrada e motivada durante todo o processo, o que nem sempre acontece nas transcrições de entrevistas.

A experiência estava a correr bem, mas ainda tinha uma dúvida: seria o pomodoro igualmente eficaz quando chegasse a altura de escrever, propriamente dita? A inspiração tem os seus momentos e existe o terrível bloqueio, tantas vezes difícil de contornar, pensava eu. Não seria contraproducente se, por exemplo, ocorresse um bloqueio durante um pomodoro inteiro? Não seria o temporizador mais uma fonte de pressão e, consequentemente, uma fonte de bloqueios?

Fosse como fosse, estava disposta a experimentar. Nunca poderia apurar a eficácia da técnica com uma tarefa apenas. Abri o ficheiro em branco e cliquei no pequeno pomodoro no cantinho do ecrã.

O começo foi difícil, como, de resto, sempre é, mas, contra todas as expectativas, a famosa técnica ajudou também na fase da escrita pura e dura! Estive sempre mais concentrada e tive menos bloqueios (apesar de o tema do artigo também poder ter ajudado aqui) e em bastante menos tempo que o normal tinha a peça pronta e revista. Nesta fase, porém, fiz algumas cedências que o ritmo de escrita exigia: por vezes já tinham terminado os 25 minutos e eu continuava a escrever para aproveitar o momento. Outras vezes prolonguei a pausa e senti a necessidade de ser mais selectiva nesses momentos. O texto também tem o seu tempo, o que exigiu um pomodoro mais flexível...

Nos próximos tempos a técnica do pomodoro vai estar em teste por estes lados. Meia-dúzia de dias não chegam para dar o veredicto final. Por enquanto, Francesco Cirillo não desilude e o pomodoro conquista pontos de dia para dia. Vamos ver como se sai daqui para a frente.

Acabar com os bloqueios

Quem escreve sabe como é: o bloqueio inicial é tramado. Não sabemos bem como começar, as horas passam, o papel continua em branco e a frustração aumenta. Comigo é assim, o que custa é começar. Depois da entrada e do lead, a estória flui... até ao próximo bloqueio.

Para mim, os bloqueios intermédios são mais fáceis de ultrapassar. Tenho duas técnicas que raramente me deixam ficar mal, mas gosto de conhecer novos truques. Os de Roy Peter Clark são óptimos e o melhor de tudo é que se podem aplicar até aos terríveis bloqueios iniciais. Vale mesmo a pena espreitar estes 10 conselhos em Overcoming writer's block.

Quando corre mal...

Mais ou menos experientes, todos os freelancers acabam por ter uma má experiência com um trabalho que decidiram aceitar. Ou porque acaba por não compensar financeiramente, ou porque houve uma chatice qualquer com o cliente ou simplesmente porque não é o trabalho certo na hora certa.

O que fazer quando isto acontece? Desistir a meio? Fazer um esforço adicional e terminar o trabalho? Como ultrapassar uma má decisão?

Kristen Fischer desdramatiza a situação e dá excelentes dicas em How to deal: A freelancer's guide to coming to terms with a gig gone bad.

Produzir conteúdos para marcas

Pouco falta para completar um ano de freelancing puro e duro e uma das questões com que me tenho confrontado mais nestes últimos meses está relacionada com as fronteiras do jornalismo: afinal o que é e não é jornalismo?

Com a era do digital, multiplicaram-se as possibilidades para quem faz do conteúdo o seu trabalho e aquelas definições rígidas do que é o jornalismo e o jornalista parecem fazer cada vez menos sentido.

Uma dessas interessantes (e polémicas) interrogações foi explorada num interessante artigo de Amanda Cosco no Social Times: Is branded journalism still journalism? As questões levantadas para a produção de conteúdos informativos para marcas lança ainda pistas para compreender outros casos do género, por isso vale mesmo a pena ler com atenção.

A técnica do pomodoro

No mês passado descobri a técnica do pomodoro. Inventado pelo italiano Francesco Cirillo nos anos 80, este truque para aumentar a produtividade e a concentração é, na verdade, muito simples: programar um temporizador de cozinha como este para marcar períodos de trabalho mais intenso, ou que exijam mais concentração. A fórmula certa, diz, é esta:

  • fazer uma lista de tarefas ou objectivos;
  • escolher um ponto da lista;
  • programar o temporizador para tocar em 25 minutos;
  • trabalhar nessa tarefa até o temporizador tocar e riscá-la da lista;
  • fazer uma pausa de 5 minutos;
  • repetir o procedimento;
  • a cada 4 pomodoros fazer uma pausa maior.
Freelancers de todo o mundo dizem maravilhas desta técnica. Hoje vou tirar a prova dos nove: tenho um artigo especialmente urgente para entregar e nada melhor que uma situação destas para testar a eficácia do pomodoro.

Por agora, estou a usar uma extensão do Chrome, o ChromoDoro, mas se correr bem, compro um pomodoro à séria - vai ficar a matar na minha secretária.

Freelancing em números

54% dos freelancers não pensam voltar a ter um emprego a tempo inteiro. 80% das pessoas que são atiradas para o freelancing por um despedimento dizem ser muito mais felizes agora.

Estes são apenas alguns dados do Freelance Industry Report de 2011. Vale a pena espreitar estas e outras conclusões no Freelance Switch.

Narrativas digitais

Imperdível o artigo de Paulo Monteiro no Nieman Storyboard sobre a necessidade de uma nova abordagem às narrativas digitais: Story, interrupted: why we need new approaches to digital narrative.
"We need to radically change the way we tell our stories. It doesn’t make sense to keep using old paradigms on new devices. Our main goal is to learn the best way to tell a story and stop using techniques that worked only for one platform (be it text and pictures in print, video on TV or audio on radio). With digital distribution we can mix all these techniques in a way that enables our storytelling. Those of us in newsrooms also need to change the way we plan, produce and present our stories."
[dica de Paulo Nuno Vicente]

Viver (bem) com um part-time

Pode parecer impossível, mas a verdade é que há quem consiga ter um rendimento satisfatório apenas com um trabalho a meio-tempo. É o caso de Gretchen Roberts. Em entrevista ao The  Renegade Writer, a jornalista e escritora freelancer explica que optar por um part-time foi a decisão mais acertada - e sustentável - , já que tem três filhos pequenos, e revela alguns pormenores sobre o seu mais recente e-book Full-Time Income in Part-Time Hours: 22 Secrets to Writing Success in Under 40 Hours a Week.


Gretchen Roberts podia ganhar o dobro se trabalhasse a full-time? Podia, mas não era a mesma coisa.

A despesas de um freelancer

Pinar Tarhan escreveu o artigo que faltava. Financing freelance writing - it can be costlier than you think é um excelente post sobre as despesas para as quais um jornalista/produtor de conteúdos freelancer deve estar preparado.

Se é verdade que escrever por conta própria não exige o mesmo tipo de investimento inicial que abrir um restaurante, não é menos verdade que também há despesas neste tipo de negócio. O ideal é ter consciência do que é necessário gastar, mas é importante não panicar e deixar de pensar que assim é impossível. Não há investimento sem arriscar e não há trabalho sem investir.

Lidar com os clientes

Hayden Jackson tem toda a razão quando diz que um freelancer deve ser tão bom nas relações com os clientes como é a escrever. Em 3 perils for professional freelance writers to avoid, a colaboradora do Freelance Switch dá uma série de óptimos conselhos para lidar melhor com os clientes. Saber ouvir, ter uma mente aberta e as doses certas de humildade e confiança são apenas alguns deles.

Produtividade jornalística

David Brewer diz que entrar ou sair de uma reunião de redacção sem ideias é o pior que pode acontecer a um jornalista. Por isso, o editor do Media Helping Media dá 24 dicas para jornalistas "preguiçosos", um verdadeiro manual para encontrar boas estórias e aumentar a produtividade jornalística.

Vícios

Uma semana sem actualizar o blog chegou para perceber que o Estórias em Jornalês já é um vício.
Dou comigo imersa em trabalho e a pensar em mil e uma coisas para colocar online, mil e um temas, iniciativas, conselhos, dicas... - e a experiência Daily Digital que quero tanto pôr em prática e reportar!

Por isso decidi fazer um rápida mas revigorante pausa no trabalho (que se tem adensado na última semana) e retomar algumas estórias. A minha incursão pelo Daily Digital é que ainda vai ter de esperar...

Últimos artigos publicados: Portugal Daily View

O Portugal Daily View, site de notícias sobre Portugal em inglês, é a minha mais recente colaboração. O objectivo do projecto produzido e publicado pela Webtexto é fornecer informação actual sobre as mais diversas áreas - da economia à política, sem esquecer o desporto, a cultura ou o lazer - a cibernautas de todo o mundo.

Lisbon clubs: five great places to go dancing all night long é a minha primeira contribuição para a secção de lazer e já está online.

[O Portugal Daily View também está no Facebook]

O barato sai caro

Tenho visto por aí alguns anúncios para freelancers que oferecem 1 dólar, e outras vezes menos, por peça. Nunca respondi a nenhum porque acho o modelo de negócio pouco justo e transparente, para além de o valor me parecer ofensivo, mas por vezes pergunto-me se há muita gente a querer vender o seu trabalho por tão pouco (dinheiro e motivação).

A equipa do Renegade Writer também anda intrigada com estas e outras pechinchas. Do you write for cheap? Read this. é um excelente artigo que reforça a ideia de que de nada vale ser o freelancer mais barato do mercado. Porque também nestas coisas, o barato pode acabar por sair caro.
"Writing is undervalued by many. But if businesses that use writing value the work, skill, and knowledge that goes into a 1,000-word article at a measly $10, it’s partly because there are hordes of writers willing to write for that much!"

Daily Digital

Recém-criado, o Daily Digital é uma espécie de loja de conteúdos online onde cada freelancer pode mostrar e vender o seu trabalho de forma simples. Cada utilizador dispõe de uma "montra" onde pode expor textos, vídeos, fotos, música ou qualquer outro conteúdo e vendê-lo ao interessado através de um simples download.

O serviço é gratuito, mas a cada venda efectuada, o Daily Digital fica com uma comissão de 15%.

Vou fazer uma experiência e depois conto tudo aqui.

[Dica de Maurice Cherry]

Marketing

No dia em que fiz aqui o balanço dos nove meses, saí para jantar com uma amiga que enfrenta agora novos desafios profissionais. Durante a refeição, dei comigo como que a "pregar" as vantagens do freelancing e a dar conta de alguns pormenores destes primeiros nove meses sem deixar, claro, de colocar os prós e os contras no respectivo lado da balança.

Reflectir sobre esta opção profissional e verbalizá-la - primeiro no blog, depois à mesa - fez com que me apercebesse de algumas coisas. Uma das mais importantes, talvez, foi ter tomado consciência de que, nestes primeiros tempos, tenho trabalhado a meio-gás; a minha produtividade está a uns 50 ou 60% - sei que consigo fazer mais. E, a meu ver, isto tem acontecido porque existem tarefas extra associadas ao freelancing que não podem ser ignoradas. A contabilidade é uma delas. O marketing é outra.

Boa parte do meu dia é ocupada com tarefas relacionadas com a promoção do meu trabalho e a angariação de novos clientes. Envio propostas e cvs, contacto potenciais colaboradores, pesquiso, faço networking, organizo estratégias, alimento o blog, dou a conhecer trabalhos já feitos, recupero colaborações antigas, reinvento-as. O marketing é fundamental para que uma carreira como freelancer corra sobre rodas. Há dias em que os resultados de tanto trabalho e empenho são bem visíveis, mas nem sempre é assim. Como diz Chris Bibey, o marketing tem altos e baixos e não podemos simplesmente deixá-lo de lado se os resultados não são bem os esperados.

Pessoalmente, não me posso queixar. Não tenho dúvidas de que grande parte do trabalho que consigo se deve a este esforço extra. O desafio está em conciliar o trabalho propriamente dito com todas as outras tarefas inerentes ao trabalho por conta própria, e esticar a produtividade ao máximo. Um work in progress que faço questão de agarrar com duas mãos.

Como o digital transformou as notícias

Vale a pena ler as reflexões de Martin Belam sobre jornalismo digital e atentar nos conselhos que dá em How digital transformed the news cycle - and what you can do about it.

[Dica de António Granado]

Publicar além-fronteiras

Sarah Marshall dá uma óptima sugestão no Journalism.co.uk que todos os jornalistas freelancers deveriam ter em conta: se temos os direitos das nossas peças, porque não vendê-las além-fronteiras?

Algumas dicas para começar em How to: syndicate freelance articles abroad.

Ainda os furos

No mês passado, Felix Salmon dava conta da sensação que tinha sempre que lia uma notícia: ela estava em todos os meios, mas não foi dada por nenhum primeiro. Esta sensação, de que eu também partilho, levou-o a reflectir sobre o "scoop ecosystem" e a possibilidade de estarmos a assistir ao fim da ideia de cacha.

Agora é Amy Gahran a expor outra ideia interessante relacionada com a cultura do furo jornalístico: neste caso, não é apenas a iminente extinção da cacha que está em causa, mas o facto de esta ser prejudicial para o jornalismo. Vale mesmo a pena ler esta pertinente reflexão em Why the "scoop" is bad for news.

[Dica de Steffen Konrath]

Quem tem medo da publicidade?

Robert Niles diz que não há motivos para os jornalistas terem medo da publicidade e dos publicitários.
Why journalists shouldn't be afraid of advertisers - vale mesmo a pena ler.

Há público para os conteúdos web de qualidade

Um pouco na mesma onda da série de três posts que Paul Bradshaw apresentou recentemente, multiplicam-se as opiniões sobre os artigos de fundo e os conteúdos de alta qualidade na Internet. E sobre o assunto, vale mesmo a  pena ler o que diz Robert Niles em The 'high-quality Web content' experiment has *not* failed -but some news publishers have. 
"There's still huge demand for news and analysis out there. And the Internet's providing new channels through which to meet that demand. So don't blame the audience, or blame the Internet, whenever a particular business fails to make enough money by putting audiences and customers together through those channels.
Put the blame where it belongs, instead - with that business's management."

Contornar a instabilidade dos rendimentos

Há precisamente nove meses, quando decidi encarar o freelancing como uma opção válida de vida e de carreira, não fazia ideia se seria capaz de resistir mais que um ou dois meses. A gigantesca instabilidade dos rendimentos poderia deitar tudo a perder em pouco tempo.

Passada a prova de fogo - os decisivos dois primeiros meses -, tomei-lhe o gosto. A minha vontade de continuar a trabalhar por conta própria, mesmo que isso signifique que a incerteza estará sempre presente, saiu reforçada e o tempo passou tão depressa que nem voltei a fazer balanços. Até agora.

De repente, já passaram nove meses. E a primeira ideia que me vem à cabeça é esta: não sei bem como, mas... sobrevivi.


Ou melhor, até sei. Para se ser freelancer é preciso vermo-nos como tal. E vivermos como tal, aceitando o que de bom e de mau o freelancing traz. E isso pode implicar, entre outras coisas, ter métodos de gestão diferentes. Gestão do tempo, das energias, do dinheiro.

Para a maior parte dos freelancers, gerir o tempo e a energia parecem tarefas mais fáceis, já a gestão do dinheiro... Para mim, o primeiro passo deve ser este: aceitar que a instabilidade dos rendimentos faz parte do negócio e viver de acordo com isso da melhor forma possível. É muito provável que, como freelancer, tenha que jantar menos vezes fora e convidar mais os amigos para vir cá a casa, que tenha de ponderar bem cada compra e, tantas vezes, de fazer escolhas e estabelecer prioridades, porque há que estar preparado para um mês menos bom. Depois, há o lado do investimento. Trabalhar por conta própria exige investimento constante - de tempo e, claro, de dinheiro.

Não há fórmulas mágicas nem regras que estiquem o dinheiro. Mas há formas criativas de contornar a instabilidade dos rendimentos e de viver bem com isso. Martha Retallick apresenta algumas em Proven solutions to freelance income fluctuation e LaToya Irby dá algumas dicas para fazer face às despesas extra, como o seguro do carro ou o IRS em Tips to manage those large, periodic expenses.

Títulos que funcionam nos motores de busca

Depois de ter dado algumas noções básicas de SEO para jornalistas, Malcolm Coles volta ao tema para explicar como se escrevem títulos que funcionem nos motores de busca. How to: Write great headlines that work for SEO apresenta cinco truques simples, mas que podem fazer maravilhas pelas visibilidade online das notícias.
Obrigatório.

Se não tens deadline... trata de arranjar um!

Quando digo que trabalho melhor sob pressão, não quero dizer que acho agradável ter sempre alguém a cobrar-me aquela peça e muito menos que adoro ter montanhas de trabalho para terminar em prazos surreais. O que quero dizer é que o facto de ter um deadline me ajuda e muito a dar andamento ao trabalho. E quando se é freelancer, isso pode significar ter ou não dinheiro para pagar a renda no final do mês.
Não consigo evitar isto: se tiver 3 trabalhos em mãos e um deles vier sem data de entrega, esse fica invariavelmente na base das minhas prioridades. Organizo-me por deadlines e deixo as outras peças para quando der. Alguns trabalhos acabam por se arrastar sem qualquer necessidade e, com eles, os pagamentos.

Nunca é a mesma coisa, mas há truques para contornar a falta de deadline. Estabelecermos nós mesmos uma data é o mais óbvio e simples de aplicar, mas nem sempre é fácil levá-lo a sério. Porque os deadlines reais têm sempre mais peso que os deadlines fictícios...

A verdade, porém, é só uma: se não tens um deadline... trata de arranjar um!
Para começar, vale a pena espreitar as soluções criativas do The Renegade Writer em What to do when you don't have deadlines.

Trabalhar em casa

Deborah Potter tem razão: nem todos os freelancers são iguais e o que resulta para uns pode revelar-se desastroso para outros. O ideal, diz, é adaptar os conselhos que se recolhem aqui e ali. Para isso, Potter parte das dicas de Francis Tan e apresenta Advice on working from home, um artigo simples e conciso, como se quer.

9 ideias para questionar

O jornalismo está diferente e vai continuar a mudar de dia para dia, disso não restam dúvidas. Mas para que a profissão continue o caminho em direcção a algo novo, há que questionar 9 velhas ideias. Quem o diz é JD Lasica em Reimagining journalism in the age of social media. Obrigatório.

O lado positivo do despedimento

Cada vez estou mais certa disto: boa parte de nós seria incapaz de se despedir do actual emprego. Porque a conjuntura está como está, porque o dinheiro faz falta, porque isto não está fácil, porque, porque... Por maior que seja o descontentamento, poucos conseguem dar o terrível passo de entregar a carta de demissão e começar uma vida nova. Assim, ser despedido é, para muitos, a única forma de mudar de vida e de experimentar novos desafios profissionais 
Foi o que aconteceu a Susannah Breslin. Nove meses depois, a freelancer não tem dúvidas: ter sido despedida foi a melhor coisa que lhe podia ter acontecido.

Que exemplos enviar?

Não são poucas as vezes em que, numa entrevista ou reunião, nos pedem alguns exemplos de artigos publicados. Nem sempre é fácil abrir o portefólio e escolher o que enviar, mas é importante ter alguns dos nossos melhores trabalhos à mão. Para ajudar na tarefa, Chris Bibey dá três dicas essenciais em Which samples should I send?

Ciberjornalismo de investigação

Imperdível a série de três artigos sobre jornalismo de investigação online de Paul Bradshaw no Online Journalism Blog. 

Porque o ciberjornalismo de investigação existe, tem leitores e não há desculpas para não ser explorado como género.

Para ler aqui:

Novos jornalistas, novas competências

Para além das competências mais clássicas - faro para as estórias, por exemplo - , o novo jornalismo precisa de novos jornalistas com novas competências. Estar à vontade com a tecnologia, dominar várias plataformas e tratar da parte visual da estória (fotos, vídeo) são alguns dos requisitos.
Numa ronda pelos anúncios de emprego, Meranda Watling (10.000 Words) já tinha percebido o que se procura hoje num jornalista. Deborah Potter (Advancing the Story) vem confirmar a lista e acrescentar algumas soft skills igualmente importantes em More skills journalists need.

Escrever mais rápido

São muitas as distracções que podem dar cabo da produtividade de um freelancer: um e-mail que chega, o telefone que toca, uma secretária desarrumada... Esta semana, o blog Write to Done convidou Ali Luke para dar alguns conselhos práticos e simples que prometem pôr fim aos bloqueios e aos artigos intermináveis. Confesso que nunca tinha pensado nisto, mas estou tentada a experimentar o truque do temporizador nos próximos dias. Esta e outras dicas estão em Seven easy steps to much faster writing.

Títulos profissionais

Jornalista, jornalista multimédia, editor, produtor de conteúdos, repórter, gestor de comunidades, curador... Os títulos são muitos e podem ter várias nuances. Mas será que os títulos importam na altura de conseguir um trabalho?
Lynn Walsh faz uma análise interessante e muito pertinente sobre o assunto em Does your title matter?

[Dica de Paulo Nuno Vicente]

Escrever para quem?

Não é a primeira vez que dou de caras com esta opinião: por vezes, é preciso esquecermos tudo o resto - os leitores, o editor, etc... - e escrever para nós mesmos. Só assim, diz Jeff Goins, conseguimos ser honestos e criar um estilo próprio.
Concordo com alguns pontos desenvolvidos por Goins em Why you should write first for yourself, mas não me parece que deva ser a regra. Parece-me mais útil se encararmos isto como um exercício útil em certos contextos ou se aplicarmos um meio-termo. É que pode tornar-se perigoso esquecer de vez que, de facto, escrevemos para sermos lidos e não para o nosso próprio umbigo.

Fontes difíceis

Nenhum jornalista escapa: mais tarde ou mais cedo precisamos de entrevistar uma fonte difícil. Ultrapassar a situação não é fácil, sobretudo para freelancers que estão a começar, mas o The Renegade Writer dá uma preciosa ajuda em How to land interviews with hard-to-get sources.

Quanto vale o meu trabalho?

Para Susannah Breslin, fazer orçamentos pode deixar de ser um drama se, pura e simplesmente, simplificarmos a tarefa. Ficar preso aos valores do mercado, ter medo de cobrar demais ou fazer cálculos muito rebuscados, diz Breslin, só dificulta a decisão. Se, pelo contrário, nos concentrarmos no real valor do trabalho que pretendemos produzir, aí sim vamos ter o orçamento justo. Se nos propomos fazer algo de alta qualidade, devemos ter isso em conta na altura de cobrar.
Depois, há sempre a possibilidade de negociar.
Estas e outras sugestões (que nunca são demais!) estão em How to calculate your worth.

O fim da cacha?

Tenho tido a mesma sensação que Felix Salmon: vemos a mesma notícia aqui e ali (às vezes quase em simultâneo), mas não sabemos dizer onde a vimos primeiro.
Será este o fim da cacha como a conhecemos? Ninguém sabe. Mas para Salmon, está em curso um óbvio declínio daquilo a que chama o "scoop ecosystem". Uma análise interessante, a propósito das notícias sobre a compra da Motorola pela Google, que vale a pena ler na íntegra aqui: Whither the M&A scoop?

[Dica de Steffen Konrath]

Lidar com as críticas negativas

Googlarmo-nos frequentemente e estarmos atentos à nossa reputação online é fundamental para sentirmos o pulso à nossa carreira freelance. Mas o que fazer quando encontramos críticas negativas ao nosso trabalho num blog, numa rede social ou num comentário ao nosso portefólio? Thursday Bram (Freelance Switch) dá algumas dicas úteis em Should freelancers worry about bad reviews?

Freelancer part-time

Por muito que se queira, nem sempre se consegue fazer do freelancing um trabalho a tempo inteiro. Ou porque existe outro trabalho, part ou full-time, ou porque outros factores acabam por ocupar o dia, como é o caso da maternidade/paternidade. Rebecca Garland sabe bem como é: entre o trabalho full-time como professora e as necessidades dos filhos, sobram-lhe poucas horas para se dedicar à escrita enquanto freelancer.
Para Garland não foi fácil admitir que apenas dispunha de cerca de 2 horas diárias para o freelancing, mas com o tempo, aprendeu a tirar o máximo partido desse tempo, a fazê-lo render e a vencer algumas angústias. Como?   The two-hour career: Making WAHM work dá algumas pistas.

Curadoria para jornalistas

David Brewer (Media Helping Media) assina um óptimo artigo sobre um dos temas que mais me tem interessado ultimamente: a importância da curadoria de conteúdos em jornalismo.
Obrigatório.

Mais noções de SEO

Umas lições de SEO vinham mesmo a calhar. Depois das dicas de Malcolm Coles, descobri este Freelancer's guide to SEO - More visibility, traffic and clients, de James Agate (Freelance Switch).

Reputação online

Verificar o que uma pesquisa no Google diz sobre nós é só uma das muitas formas de medirmos a nossa reputação online. Anna Kovaleva (Freelance Switch) apresenta outras 6 em 7 free tools for monitoring your freelance reputation.

Ter um plano B

Não há como negar: embarcar numa carreira como freelancer tem os seus riscos, é uma jornada cheia de incertezas e com pouquíssima estabilidade. Há quem prefira não pensar em planos B - isto tem que resultar, falhar não é hipótese -, mas, para mim, ter um plano de emergência na manga é essencial para assegurar alguma tranquilidade nos primeiros tempos. Ter sempre uma reserva de dinheiro suficiente para pagar as despesas de um mês, tem-se mostrado uma óptima estratégia. Assim, consigo fazer face a um mês menos rentável ou a uma despesa inesperada, sem pôr em causa a minha opção de fazer freelancing.
Um plano B propriamente dito pode ser conciliar um part-time com o freelancing por uns tempos ou voltar temporariamente a um emprego full-time.
Para ajudar à reflexão sobre a utilidade destes planos de emergência para freelancers e ficar a conhecer alguns conselhos práticos, vale a pena ler What's your backup plan?, o mais recente artigo de LaToya Irby no All Freelance Writing.

Na caixa de ferramentas de um freelancer

As capacidades de escrita e de pesquisa, o faro jornalístico e o detector de estórias são alguns dos componentes obrigatórios que qualquer jornalista freelancer leva consigo numa "caixa de ferramentas" imaginária. No entanto, se abrirmos as caixas uma a uma, boa parte delas terá alguns espaços vazios. As ferramentas em falta são, muitas vezes, as indispensáveis para um bom self-marketing.
A fase de promoção, de vender o trabalho, é talvez - a par da contabilidade - a menos interessante para um freelancer. Porém, são tarefas fundamentais para quem trabalha por conta própria. Se ninguém souber o que fazemos, como poderão encomendar-nos trabalhos ou aceitar propostas?
Foi a pensar nesta "aversão" ao marketing que Mary Jaksch, editora do Write do Done, escreveu Are you missing this crucial skill set as a writer?, um artigo que mostra como saber promover o nosso trabalho é quase tão importante como fazê-lo bem, nas mais diversas situações.

Novas profissões

No mês passado falei aqui das novas possibilidades de trabalho que se apresentam aos jornalistas e produtores de conteúdos de hoje. Talvez mais do que alternativas profissionais, estão a nascer verdadeiras novas profissões no universo jornalístico, fruto das profundas mudanças no meio.
Recém-chegado de férias, o António Granado dá mais uma dica sobre este assunto no Ponto Media: uma lista de 11 novos empregos em jornalismo, por Lindsay Oberst (SustainableJournalism.org), a ler com atenção.

Googla-te!

Que não haja dúvidas disto: hoje, quando um empregador quer saber mais sobre um potencial colaborador vai procurá-lo na Internet. Googlar a pessoa em causa é prática comum e pode dar uma visão geral sobre os seus interesses, a postura profissional, o currículo, o trabalho feito, etc. A pesquisa na Internet é uma ferramenta útil para empregadores, mas também para colaboradores que querem saber mais sobre as empresas e os profissionais com quem pretendem trabalhar.
É por isto que é cada vez mais importante estarmos atentos à nossa reputação online. Esse cuidado pode passar por evitar colocar fotos embaraçosas no Facebook (ou limitar o acesso a elas), ter um bom perfil numa rede social profissional, um portefólio online cuidado e assegurarmo-nos que aparecem no Google se alguém se decidir a pesquisar. Mas há mais: Jeb Blount (Quick and Dirty Tips) dá outros bons conselhos que vale a pena ter em conta em What do people find when they google you?

Há poucos minutos, era isto que encontrariam: o meu perfil no Facebook em primeiro lugar, dois perfis da minha colega Patrícia Raimundo da Silva (há sempre este "perigo"...), depois o meu LinkedIn e logo em seguida o Twitter. Falta aqui o Estórias em Jornalês (que não aparece sequer nas primeiras páginas da pesquisa...), mas, com algumas lições de SEO, vou ver se consigo tratar do assunto.
E tu, já te googlaste hoje?

Encontrar o e-mail certo

Enviar propostas para os e-mails gerais das empresas ou para a pessoa errada pode ser uma verdadeira perda de tempo. Por isso, dizem os mais experientes, vale a pena perder - ganhar! - algum tempo a procurar o endereço directo do editor a quem pretendemos fazer a proposta. Para além de um e-mail personalizado ganhar sempre pontos, não corremos o risco de enviar propostas em massa não se sabe muito bem para onde.
Porém, nem sempre os editores têm os e-mails pessoais disponíveis na internet e por vezes encontrá-los pode tornar-se uma autêntica missão-detective. Quando isto acontece, mais vale insistir do que sucumbir ao geral@xxx.pt. Mas como? Em  How to find an editor's e-mail address, o The Renegade Writer dá as melhores dicas e os truques mais eficazes para que os e-mails cheguem a bom porto.
Mais que obrigatório!

Mitos ou desculpas esfarrapadas

Adam Westbrook chama-lhes mitos, mas a expressão desculpas esfarrapadas não lhes cairia nada mal. Seja qual for a designação escolhida, a verdade é que estas ideias estão a travar a inovação no jornalismo. Para Westbrook, está na hora de destruir os mitos e parar de arranjar desculpas para não se investir na profissão. Os comos e os porquês estão em 10 myths that will stop you innovating in journalism e são de leitura obrigatória.

Erros comuns de quem está a começar

Aprender com os erros é saudável, é certo, mas prevenir alguns deles também. Foi a pensar nisto que Denene Brox (Freelance Switch) compilou os erros mais comuns que os freelancers pouco experientes costumam cometer e a melhor forma de evitá-los ou corrigi-los. A lista está em Top 6 mistakes beginning freelance writers make e é de leitura obrigatória.

Lições para freelancers: Aprender com as crianças

Prerna Malik é copywriter, gestora de comunidades, produtora de conteúdos web freelancer e mãe a tempo inteiro. Quando começou a trabalhar em casa a filha era ainda bebé e com o passar dos anos, Malik apercebeu-se que tem aprendido muito a observar como uma criança lida com situações diferentes no dia-a-dia.
Em Five things I learned about freelancing from my toddler a autora analisa a lógica infantil, aplica-a sabiamente à profissão e o resultado são 5 conselhos simples e eficazes, mas que tantas vezes ficam esquecidos.

Cobrar mais

Fazer orçamentos é aquele drama que todos os freelancers conhecem. Se baixar os preços e ser o jornalista/produtor de conteúdos mais barato do mercado não abona nada a nosso favor, diz quem está nisto há mais tempo, a solução pode estar em fazer exactamente o contrário: cobrar mais.
Falar é fácil, mas para subir os preços, é preciso vencer o medo primeiro. O medo de perder clientes, de não conseguir novas colaborações, de não ter qualidade suficiente para justificar o orçamento mais alto.
Para James Clear, cobrar mais ao longo do tempo é inevitável e nenhum freelancer tem que se sentir culpado por isso. Se estamos mais experientes, temos mais skills e o nosso trabalho tem, por isso, mais qualidade, ele vale mais.
Superar o medo é, pois, a palavra de ordem. Para ajudar os freelancers mais cépticos, Clear preparou 3 dicas imperdíveis para cobrar mais sem ressentimentos em 3 ways to raise your rates and crush your freelancing fears.

Reuniões com possíveis clientes

Chris Bibey (All Freelance Writing) dá 3 dicas de ouro para quem vai conhecer um possível cliente, capazes de transformar uma simples reunião numa nova e efectiva oportunidade de colaboração.

Escrever para publicações profissionais e técnicas

Revistas, sites, jornais para advogados, médicos, dentistas, farmacêuticos, profissionais de logística, recursos humanos, distribuição... As publicações profissionais e/ou técnicas existem e são um mundo pronto a explorar para jornalistas freelancers à procura de novas colaborações.
Mas... para escrever numa revista sobre medicina dentária ou num jornal para profissionais de distribuição não é  preciso ser um expert nesses temas? Que tipo de artigos cabem numa publicação exclusivamente sobre... aparelhos de ar condicionado ou... pizzarias? Vale a pena entrar em universos tão específicos?

Em How to write for trade magazines in *any* industry, o blog The Renegade Writer desmistifica algumas ideias e mostra como escrever para publicações deste género pode ser uma oportunidade interessante.