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Jornalismo, freelancing, social media... e as estórias por detrás de tudo isto. Por Patrícia Raimundo

Fazer propostas

Propor trabalhos aos editores é a maneira mais comum de se conseguir entrar no mundo do freelancing. Para quem está a começar, esta fase inicial, a da proposta tem muito que se lhe diga.

Quando já existe uma relação entre o freelancer e o editor em questão, tudo se torna mais fácil - a revista já conhece o trabalho do jornalista - mas o primeiro contacto pode ser uma verdadeira prova de fogo e um teste de paciência. Primeiro, é preciso estar preparado para esperar pela resposta. Nas redacções a quantidade de e-mails que chegam por dia é assustadora, por isso é natural que demorem a responder ou mesmo que a nossa proposta vá parar à lixeira. Depois, há que insistir: ligar para perguntar se receberam o nosso e-mail é o próximo passo a dar. Um conselho: não desistir até conseguir uma resposta. Um sim ou um não. Ponto final.

Escolhido o tema, há que pensar na melhor forma de apresentar a proposta. O ângulo deve, sempre que possível, estar já definido, uma vez que este é a garantia de que o trabalho é uma visão nova e fresca de um assunto e não mais do mesmo. Os temas de agenda são de evitar - esses estão a cargo dos jornalistas da casa.

Posto isto, como convencer um editor? Não existem fórmulas mágicas, mas algumas dicas podem ajudar. O interesse do tema é um argumento óbvio, mas também é importante mostrar que somos o jornalista certo para o tratar. Como? Somos, de alguma forma, especialistas na área, temos os contactos certos ou facilidade em consegui-los e estamos por dentro do assunto. Por esta razão, de nada serve dizer que se quer fazer um artigo sobre ecologia. Não é suficientemente específico nem novo. Há que especificar e apresentar, quanto baste, o que pretendemos fazer. E sim, correndo o risco real de o editor pegar na ideia e fazê-la ele mesmo - e o "roubo" de ideias não é tão raro como se possa pensar.

Para resumir, não resisto à "sumarenta" metáfora de Chris Mandle, convidado do Wannabe Hacks:

"Pitching to an editor is not dissimilar to pitching a tent. [...] You need to know what you're doing, you need to plan; you need to have all the parts before the whole thing can come together."
O artigo completo está aqui: Tips on pitching.

A ditadura dos caracteres

A verdade é esta: quando não nos impõem um limite de caracteres, a maior parte de nós tende a escrever sem freios, o que pode resultar em enormes lençóis de texto onde o tema é espremido até à exaustão, sem necessidade.

Também sou desses jornalistas. Mas tenho consciência de que já fui mais.

Com o tempo, e se tivermos um bom editor (daqueles que não tem piedade em cortar...), começamos a perceber que menos também pode ser mais e que por vezes um artigo tem mais a ganhar com o corte do que sem ele: quando simplificadas algumas ideias ficam mais claras e para o leitor o texto torna-se mais atractivo. Cortar e simplificar já me resolveram muitos textos que, aqui ou ali, não soavam bem.

Para além de aprendermos a lidar com a edição, é importante aprendermos também a escrever com conta, peso e medida: tratar os temas de forma superficial não é opção, mas também não é porque temos uma entrevista de três horas que o leitor tem de levar com todos os pormenores da conversa, da mesma maneira que, depois da investigação feita, nem tudo cabe na estória que queremos contar. Seleccionar custa - escrever pouco é mais difícil que escrever muito, todos sabemos -, mas é fundamental.

Sobre isto, Robert Niles escreveu Keep it short, even when there's no copy desk to force you. Parece-me um excelente exercício.

Ferramentas para freelancers

Joel Bankhead apresenta uma lista de ferramentas úteis para freelancers: do básico e indispensável Google Calendar, às aplicações para gerir finanças pessoais, passando por coisas como Dropbox, Don't Forget The Milk e Paypal.

Para jornalistas destaco estes...

  • Google Calendar (faz milagres pela organização e concentração)
  • Slimtimer (que controla o tempo dispensado em cada trabalho - útil, mas em certos casos pode ser mesmo deprimente...)
  • Dropbox (uma fantástica pen on-line)
  • Google Docs (óptimo para trabalhos em equipa)
  • Mint (para mim, o melhor no que toca a gestão de finanças pessoais. Desvantagem: não está disponível em Portugal...)
  • Creative Commons
.... e acrescento um (por agora):
  • Google Alerts (uma boa ajuda para seguir temáticas que estamos a trabalhar)

Um terço dos jornalistas são freelancers

A conclusão é de Rogério Santos que faz um retrato simples, directo e actual - sem esquecer as devidas referências bibliográficas - do que é hoje o mercado de trabalho em jornalismo.

É disto que se fala...

... quando se fala de ângulo: When writting an article, pick specific ideas. O artigo é de Toby Welch e apresenta uma série de exemplos e dicas sobre aquele que deve ser um dos primeiros pensamentos do jornalista freelancer: sem ângulo não há estória.

O triunfo do nicho

Numa altura em que o mundo parece sofrer de uma enorme overdose de informação, Adam Tinworth diz que ainda há espaço no mercado das notícias para novos projectos de media. A ideia não é nova e foca-se sobretudo no enorme potencial dos nichos, na informação especializada e no preenchimento de lacunas que os meios tradicionais tendem a esquecer.

Ideias para conseguir mais trabalho freelance

São 110 as ideias que Susan Johnston dá a quem procura mais trabalho freelance, seja qual for a área. Muitas não se enquadram propriamente na lógica jornalística, mas vale a pena passar os olhos por 110 ideas to get more freelance work and generate new client leads no Freelance  Switch. Resumidamente, o artigo diz qualquer coisa como isto:
  • Espalha a palavra - se ninguém souber o que fazes, dificilmente terás trabalho.
  • Mantém-te em contacto - com aqueles para quem já trabalhaste, mas também com pessoas com quem possas vir a colaborar no futuro.
  • Conhece bem o meio para onde trabalhas.
  • Tem os teus contactos sempre à mão - porque não criar um cartão de visita?
  • Faz propostas.

Não há momentos "Eureka!" em jornalismo...

... mas há algumas dicas úteis para ajudar a lâmpada a acender mesmo por cima das nossas cabeças. How to have an ideia, de Jemima Johnson-Gilbert vem mesmo a tempo da segunda aula de Atelier de Jornalismo "especial ex-alunos" que o António Granado está a promover e em que estou a participar por estes dias (conto falar aqui da experiência em breve).

O artigo faz parte da imperdível Magazine Week do Wannabe Hacks.

A lição do post-it

Hoje, quando um jornalista quer marcar uma entrevista, fá-lo por e-mail ou ligando directamente para o telemóvel do entrevistado. Esta é a situação mais comum e rotineira da profissão. As partes ficam, quase inevitavel e inconscientemente, com os contactos do jornalista guardados -  quanto mais não seja na lista de chamadas recebidas do telefone ou na caixa de entrada do correio electrónico.

Mas quando nenhum destes meios é utilizado e se faz o contacto com o entrevistado, por exemplo, para um telefone fixo, que nem sempre faz o registo das chamadas, a coisa pode complicar-se sem sequer nos apercebermos disso. Foi o que me aconteceu esta semana. Um dos meus últimos entrevistados correu meio mundo para me encontrar, só porque nem me ocorreu deixar-lhe o meu número de telefone: chegou até a enviar uma carta para a redacção da revista para onde estou a fazer este trabalho. Ora, como sou freelancer e o senhor não se lembrava do meu apelido, a história correu todas as Patrícias da redacção, até chegar a mim.

Nada como um episódio caricato como este para pôr uma jornalista demasiado info-incluída a pensar. É que, por muito que um post-it amarelo possa parecer obsoleto, anotar um nome e um número de telefone num papelinho qualquer não custa nada e pode evitar situações chatas deste tipo (especialmente num trabalho com características tão especiais como este).

Agora que está tudo resolvido, acho que aprendi uma grande lição. A lição do post-it.

O drama de fazer orçamentos

Faz parte da vida de freelancer, mas pode causar verdadeiros ataques de pânico a quem começa. Geralmente, cada meio de comunicação define o preço da página, peça ou de X caracteres e cabe ao freelancer aceitar ou não. Mas nem sempre é assim. Mais tarde ou mais cedo, há quem peça um orçamento.

Da primeira vez que alguém me perguntou quanto é que cobraria para fazer determinado trabalho, tremi. Não fazia ideia do que responder. Por um lado, tinha medo que achassem demasiado caro e optassem por um jornalista mais barato. Por outro, não podia baixar o meu preço ao ponto de 1) o trabalho acabar por não compensar; 2) ter de baixar a qualidade. O que fazer?

Decidi dar umas voltas por blogs e sites de jornalismo, mas também de freelancing em geral, e dei-me conta de uma coisa curiosa: praticamente todos incentivavam os freelancers a não baixarem os preços. Segundo uns e outros, ser o mais barato do mercado não abonava a favor de nenhum freelancer. Basicamente, cobrar mais é garantir qualidade, o que supostamente agrada ao cliente.

À primeira vista, e tendo em conta a conjuntura actual, subir os preços ou fazer orçamentos sem medo pareceu-me suicida. Mas aos poucos fui ganhando confiança nas minhas propostas. Comecei por estabelecer um valor mínimo a cobrar por trabalho: um valor ao mesmo tempo justo, que me permita fazer um trabalho com qualidade, sem entrar em prejuízo. A partir daqui, a construção dos orçamentos começou a ficar francamente mais fácil.

É claro que não deixo de ter algumas dúvidas e de rever vezes sem conta as propostas, sempre com aquela tentação fatídica de tirar aqui ou ali para baixar o valor total da proposta. Thursday Bram tem um remédio santo para isto: chama-se How to tell when your rates are too low e apresenta vários sinais de que se está a cobrar muito menos do que se deveria. Comer ramen a todas as refeições durante semanas a fio é apenas um dos mais óbvios.

Dois meses de freelancing puro e duro

O tempo passou num instante e, agora que dou por isso, faz hoje precisamente dois meses que comecei a dedicar-me exclusivamente ao freelancing. Já faço jornalismo por conta própria desde 2008, mas sempre como complemento a um trabalho como jornalista a full-time. Desta vez, não. A coisa é séria, sem rede. Freelancing puro e duro. Para o bem e para o mal.

Pode parecer ridículo começar a fazer balanços tão pouco tempo depois - dois meses não é sequer uma daquelas apetecíveis datas redondas - , mas para um freelancer faz sentido, ou não fossem os primeiros tempos a verdadeira prova de fogo da profissão.

Ainda não pensei desistir nem uma vez (embora continue a responder aos anúncios que pedem jornalistas full-time... just in case... não resisto...), mesmo quando me vi na iminência de não conseguir pagar as contas do mês. 60 dias depois... e até aqui... posso dizê-lo: sobrevivi e pretendo continuar.

Gerir o tempo

Apesar de a minha conta bancária mal dar por isso, a verdade é que trabalho não me tem faltado. Depois de um mês particularmente difícil, as respostas começaram a chegar e pude pôr mãos à obra. Saber gerir o tempo é fundamental para qualquer jornalista, mas assume uma importância vital para quem é freelancer. Sem horários fixos é fácil sucumbir à preguiça e deixar tudo para amanhã. E é preciso ter em conta que só a primeira fase do trabalho - contactar entrevistados, marcar reportagens e reunir informação -  absorve uma boa fatia do tempo disponível e não é difícil chegar-se àquele ponto crítico em que se começa efectivamente a escrever já muito em cima do deadline.
Continuo a não dispensar a agenda em papel e dois blocos de notas, mas neste departamento o Google Calendar tem-me dado uma ajuda preciosa: planear a semana, reservar horários para este e não para aquele trabalho, é não só uma maneira eficaz de controlar o tempo, como também uma gigantesca ajuda à concentração (tirei a tarde para a estória X, amanhã dedico-me exclusivamente ao artigo Y).

Separar as águas

Não há nada melhor que trabalhar em casa, especialmente naqueles dias de temporal. Mas, como tudo, também aqui há o reverso da medalha: facilmente se começa a misturar trabalho com vida pessoal. É claro que não há mal nenhum em pôr a máquina de roupa a lavar entre um telefonema e outro, mas o melhor mesmo é separar as águas, e isso implica, se possível, ter horários e áreas específicas para trabalhar. A mim bastou-me, por exemplo, definir a mesa da sala como zona de trabalho para ter dias mais produtivos. E estou proibida de levar trabalho para o sofá, a fronteira entre o meu escritório caseiro e a sala de estar.
Da mesma maneira, tento cumprir horários de almoço e outras pausas e - muito importante! - defino sempre um a dois dias de folga por semana (apesar de ser difícil desligar-me por completo, principalmente se tiver uma rede wireless por perto...)

Contactos on e offline

Cultivar e fazer a manutenção dos contactos on e offline tem sido essencial para que tudo corra sobre rodas. As ferramentas são mais que muitas e todas podem ajudar, conforme a situação: para além do e-mail, utilizo o Skype, as redes sociais e fóruns especializados. A tecnologia ajuda, mas não substitui o contacto pessoal: entrevistas por mail ou telefone só em último recurso. Aliás, é do contacto pessoal - com colegas de profissão, mas também com os amigos e pessoas das mais diversas áreas - que surgem muitas vezes as melhores estórias.

Atenção redobrada ao mundo

Na maior parte das vezes, cabe ao freelancer propor os temas que quer trabalhar ao editor. É por essa razão que é tão importante estarmos bem sintonizados com tudo o que se passa no mundo. Fazer uma boa revista de imprensa nacional e internacional dá uma boa ajuda neste departamento. Ainda mais importante que o tema em si, é a procura do ângulo da estória que deve orientar o trabalho. Não há estória sem ângulo. Sendo freelancer, o jornalista deve ajustar as suas propostas às publicações com as quais trabalha. De nada adiantará propor um artigo de política a uma revista de moda, ou vice-versa.

Especialização

A especialização pode ser uma óptima forma de garantir um lugar ao sol no competitivo mundo do jornalismo. E se à primeira vista pode parecer um tremendo erro - o freelancer não deve ser um faz-tudo? -, tornar-se um expert em certas áreas pode fazer do jornalista uma referência nesses assuntos. No início, este conselho pode ser difícil de pôr em prática - poucos de nós se podem dar ao luxo de recusar seja que trabalho for -, mas tenho para mim que, com o tempo, a especialização (ou quase) se torna praticamente uma tendência natural e quase inconsciente. (Conto falar aqui sobre este tema em breve)

Investir

Não há nenhum trabalho por conta própria que não exija investimento. E o jornalismo freelance não é excepção. Investir na profissão pode passar pelo óbvio material de trabalho (computador, ligação à internet, gravadores, câmaras, etc...), pela carteira de contactos, presença online, formação específica ou mesmo pela reputação. Cada um saberá em que campos deverá apostar mais e como fazê-lo. O importante é investir. Sem investimento (tempo, dinheiro, energias, saber, experiência) não há qualidade nem valor acrescentado no nosso trabalho.

Ainda há muito a pôr em prática

O freelancer pode elevar quase tudo ao quadrado: sucessos, problemas e responsabilidades incluídos.
Sendo chefe de si próprio, fazer mais e melhor é uma obrigação a dobrar, que não deixa de estar ligada à ideia de investimento constante. Só sei que ao fim de dois meses, tenho mais itens na lista por cumprir do que quando comecei esta aventura.

E não poderia haver melhor sinal.

Oooops!

Sem saber, a escolha que fiz para o layout do Estórias em Jornalês estava a impedir a colocação de comentários! O problema já está resolvido - pus os comentários a abrir em pop-up - , por isso fico à espera das vossas opiniões, experiências e sugestões.

(Obrigada Fátima Casanova por teres dado o alerta!)

Mercado de trabalho ou mestrado?

É uma questão que assalta qualquer recém-licenciado em jornalismo: agora arrisco seguir para o mercado de trabalho ou devo partir para um mestrado? Como qualquer decisão, esta é pessoal e intransmissível. E há até quem consiga fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

Lembro-me que na altura em que terminei o curso a polémica estava bem viva e talvez a maioria dos meus colegas tenha optado por continuar os estudos. Muito por culpa da redução de um ano nas licenciaturas com a reforma de Bolonha, grande parte dos recém-licenciados ficou com a ideia de que em breve as licenciaturas não teriam qualquer valor e só quem tivesse um mestrado poderia conseguir um trabalho no competitivo mundo da comunicação social.

Aprender nunca é de mais, é certo, mas muitas vezes sinto que se descura a experiência (que só se adquire trabalhando efectivamente) a favor da formação, que muitas vezes nem é a mais adequada ao caminho que se quer seguir. Na altura não fiz o mestrado e não me arrependo disso, apesar dos altos e baixos do meu percurso profissional. Penso voltar a estudar, mas para já o mestrado não está nos meus planos, muito menos um na área da comunicação. Tenho para mim que as formações mais curtas e intensivas (pós-graduações, seminários...), em outras áreas de estudos, podem fazer muito mais por um jornalista que pretende especializar-se ou melhorar os seus skills do que propriamente um mestrado.

Sobre isto, vale a pena ler o artigo Do I really need a master's in journalism?, de Kristi Carter, no site Suite101.

A importância dos contactos offline

Até dia 6 de Fevereiro, os Wannabe Hacks - cinco jovens ingleses que seguiram caminhos diferentes no mundo do jornalismo e que mantêm um dos blogs mais interessantes na área - estão a promover a Hyperlocal Week, dedicada ao jornalismo de proximidade. Durante esta semana, reflectem sobre a informação hiperlocal e convidam especialistas a dar a sua opinião.

Ed Walker contribuiu com um excelente artigo sobre a importância dos contactos offline que, apesar de ter sido escrito tendo em conta a especificidade do hiperlocal, pode e deve ser aplicado a qualquer tipo de jornalismo.

Habituados ao conforto do digital e às facilidades de contacto que a Internet proporcina, muitos jornalistas esquecem-se que devem investir tanto ou mais nos contactos pessoais. Sentir a rua, frequentar a cidade, falar cara-a-cara com as pessoas, conviver com colegas, ser um rosto identificável e não apenas uma assinatura é fundamental para se ter uma "existência" para lá da rede...

Quando o dinheiro nunca mais chega...

Esta é a realidade: uma das grandes desvantagens do freelancing é a imprevisibilidade dos rendimentos e, pior, o atraso nos pagamentos que acaba por tornar-se o pão-nosso-de-cada-dia. Em jornalismo é comum pagarem-se os artigos apenas no mês seguinte à publicação e mesmo esses prazos - e cada meio tem os seus - nem sempre são certos. Com o tempo, o freelancer acaba por gerir a sua vida financeira tendo em conta as especificidades deste tipo de trabalho, mas os primeiros tempos podem ser duros e é fácil entrar em desespero. Afinal, as contas não esperam e há que ter alguma margem de manobra para se poder continuar a trabalhar - há sempre telefonemas, deslocações e outras despesas que não se podem ignorar.

Então, o que fazer quando os pagamento em atraso atingem um nível crítico? Para Linda Formichelli, sucumbir ao queixume, desistir ou deixar de trabalhar não são sequer soluções. A colaboradora do site Freelance Switch, apresenta uma série de óptimos conselhos que podem ajudar quem se vê a braços com um recibo por pagar. Ser paciente pode ser o mais difícil de interiorizar, mas é um dos mais importantes, até porque é bem provável que tenha de lidar com estes problemas por muito e muito tempo...

Do it yourself!

Numa altura em que a RTP decidiu abrir as portas ao empreendedorismo com a Academia RTP, o último artigo de Adam Westbrook cai que nem uma luva. A propósito da MyNewsBiz, uma competição para a melhor ideia de negócio em jornalismo, o autor incentiva os jornalistas empreendedores a dar vida às ideias e a criar um projecto próprio, seja um revista especializada on-line ou um serviço, sem estar à espera do apoio de uma grande empresa. Para ajudar os candidatos ao prémio a escolher bem, Westbrook apresenta alguns pontos essenciais que podem fazer de uma simples ideia um óptimo negócio jornalístico. Five things that make a great news business ideia é de leitura obrigatória para todos os jornalistas do it yourself.