Hoje, quando um jornalista quer marcar uma entrevista, fá-lo por e-mail ou ligando directamente para o telemóvel do entrevistado. Esta é a situação mais comum e rotineira da profissão. As partes ficam, quase inevitavel e inconscientemente, com os contactos do jornalista guardados - quanto mais não seja na lista de chamadas recebidas do telefone ou na caixa de entrada do correio electrónico.
Mas quando nenhum destes meios é utilizado e se faz o contacto com o entrevistado, por exemplo, para um telefone fixo, que nem sempre faz o registo das chamadas, a coisa pode complicar-se sem sequer nos apercebermos disso. Foi o que me aconteceu esta semana. Um dos meus últimos entrevistados correu meio mundo para me encontrar, só porque nem me ocorreu deixar-lhe o meu número de telefone: chegou até a enviar uma carta para a redacção da revista para onde estou a fazer este trabalho. Ora, como sou freelancer e o senhor não se lembrava do meu apelido, a história correu todas as Patrícias da redacção, até chegar a mim.
Nada como um episódio caricato como este para pôr uma jornalista demasiado info-incluída a pensar. É que, por muito que um post-it amarelo possa parecer obsoleto, anotar um nome e um número de telefone num papelinho qualquer não custa nada e pode evitar situações chatas deste tipo (especialmente num trabalho com características tão especiais como este).
Agora que está tudo resolvido, acho que aprendi uma grande lição. A lição do post-it.
A lição do post-it
Publicada por
Patrícia Raimundo
on terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Etiquetas:
freelancing
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