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Jornalismo, freelancing, social media... e as estórias por detrás de tudo isto. Por Patrícia Raimundo

Freelancers desesperados

Não deve haver um freelancer que nunca tenha sentido aquela sensação de desespero: as contas começam a acumular-se e não aparece um único trabalho!

Como dizia o outro, o importante é não panicar. Carol Tice tem a solução para freelancers desesperados aqui: What freelance writers should do when they're desperate.

O ciclo vicioso dos estágios não remunerados

"Smaller companies, who have no intention of giving a job to an intern at the end of their well earned stint as their company simply cannot afford them. So every few months they take on an intern to perform a would be junior assistant position. Or perhaps they could budget an extra person, but choose not to as well, why pay someone when they can get somebody else to do it for free? Overall, internships create a vicious cycle that narrows graduates hopes of getting that first job."
Agora é que Emily Handford, a Intern dos Wannabe Hacks, falou bem. Resta dizer que também cabe aos recém-licenciados pôr um ponto final neste ciclo vicioso: como é que os meios de comunicação social vão começar a pagar por jovens jornalistas enquanto houver quem aceite trabalhar de borla?

Estórias em vídeo: erros comuns

10 common video storytelling mistakes (and how to avoid them) é um excelente artigo de Adam Westbrook que todos os jornalistas dedicados ao vídeo (e não só) devem ler.

trabalhadoresindependentes.com

Está on-line desde 3 de Outubro e é um portal português onde freelancers de todo o país e de todas as áreas podem criar o seu perfil para angariar clientes. Até 28 de Dezembro as inscrições são gratuitas, a partir dessa data, as assinaturas anuais deverão ter um custo ainda não divulgado. Neste momento, o trabalhadoresindependentes.com tem registados 10 jornalistas.

Mais uma plataforma para experimentar.

Últimos artigos publicados: Notícias Magazine #1014

Luís de Almeida Gonçalves, hoje um homem de 51 anos, foi a primeira criança portuguesa diagnosticada com autismo. No início do ano fui conhecê-lo à sua casa, no Vale de Santarém, onde vivia, na altura, com o pai, José Carlos de Almeida Gonçalves e com a mulher deste, a Dona Graça.

A reportagem é publicada na Notícias Magazine de hoje e conta como os pais de Luís lutaram por um diagnóstico que tardava; como, mais tarde, fundaram a primeira escola para autistas do país e como tem sido a vida de Luís desde então. Infelizmente, José Carlos de Almeida Gonçalves já não poderá ler esta estória, que tão bem ajudou a contar. Faleceu no mês passado, aos 82 anos, sem que eu ou a direcção da revista suspeitássemos.

A notícia pesa-me no coração, e pesa-me também o facto de não termos ido a tempo sequer de publicar uma nota junto ao texto - quando soube, já a revista tinha sido impressa. Contamos fazê-lo na próxima edição. Por tudo isto, só posso pedir desculpa à família, a todos os que conheceram este homem determinado e a quem se cruzar com esta estória, mesmo que não conheça os protagonistas.

O primeiro autista português também se lê aqui.

Media newsletters

Muito interessante o artigo de Adam Thomas, no Media Helping Media. São dez dicas úteis para escrever media newsletters eficientes, coisa que me parece que se devia fazer mais por cá.

Criar uma marca

O freelancing é um negócio por conta própria: há que habituar o mercado a uma marca, uma marca de qualidade e confiança. Mesmo no jornalismo / produção de conteúdos.

Muitos esquecem-se disto e é assim que muitas carreiras ficam para trás. James Clear, do Freelance Switch, faz questão de nos refrescar a memória com 5 rarely remembered rules for building your freelance brand.

Soluções, não problemas

O que os editores querem é soluções, não problemas, diz Linda Formichelli. Se por algum motivo o trabalho não está a correr bem - o entrevistado não responde, o ângulo não está a resultar, não conseguimos cumprir o deadline ou, como me aconteceu esta semana, a gravação da entrevista ficou completamente imperceptível - o mínimo que temos de fazer é contornar a situação,  encontrar uma solução e não deixar para o editor a resolução do problema.

Ser capaz de dar a volta a uma dificuldade garante uma relação saudável com os editores e é uma grande prova de profissionalismo.

Dizer a um cliente que está errado

Mais tarde ou mais cedo isto acaba por acontecer: o cliente para quem estamos a trabalhar está errado. Não sabe como se faz e não aceita as nossas sugestões, não está a par das novas tendências ou da evolução da tecnologia e teima em ir por ali.

Quando isto acontece, há duas hipóteses: ou seguimos o que o cliente quer, independentemente de essa ser ou não a abordagem mais correcta - afinal é ele que está a pagar pelo trabalho, foi ele que o encomendou -; ou tentamos dizer-lhe, cordialmente, que está errado.

Dependendo da situação, seguiria um ou outro caminho. Por vezes não concordamos com todos os pormenores ou modos de fazer, mas nem sempre se justifica fazer oposição. Afinal, é muito improvável trabalharmos com alguém que tenha exactamente as mesmas opiniões que nós.
Mas quando o erro é gritante - contrataram-nos porque somos especialistas neste tipo de trabalho, certo? - ou quando não há a mínima abertura para sugestões, há que dizer mesmo ao cliente que está errado.

Como fazê-lo sem perder um cliente ou sem tornar o trabalho que se segue verdadeiramente insuportável? Thursday Bram apresenta 7 abordagens, umas mais delicadas que outras, em  7 ways to tell a client he's wrong. É só escolher e experimentar.

Últimos artigos publicados: "Moonspell: Heavy metal portuguese style" @ PDV

A poucos dias do concerto especial que revisita Wolfheart, faço uma viagem pela história dos Moonspell no Portugal Daily View.

Fernando Ribeiro, o vocalista da mais bem sucedida banda do heavy metal português, conta qual era o sentimento que atravessava a banda nos primeiros tempos - quando publicavam a fanzine DarknessZine e trocavam cassetes com metaleiros de todo o mundo - fala sobre a vida na estrada, a relação com os fãs estrangeiros e as influências portuguesas que marcam toda a discografia dos Moonspell.

Moonspell: Heavy metal portuguese style lê-se aqui.

Últimos artigos publicados: Guia da Noite Lisboa #15

Por esta hora, o #15 do Guia da Noite Lisboa já deve estar nos principais spots lisboetas.

Nesta edição fui descobrir como é que se faz música a seis cores numa conversa com Afonso Cabral, vocalista dos You Can't Win, Charlie Brown. Chromatic, o disco de estreia destes rapazes "seriamente barbudos", tem conquistado os ouvidos atentos de melómanos dentro e fora de portas e até já esgotou a primeira edição.

Depois, tive o enorme prazer de conhecer o ilustrador, performer e cenógrafo António Jorge Gonçalves. Entre uma chávena de chá verde acabado de fazer e um disco de sonoridades exóticas, o artista contou-me como é que se deixou fascinar pelos mecanismos do acaso e, a certa altura, passou a tomar decisões com base nos resultados de um lançamento de dados. Foi esta abertura ao aleatório - e ao mundo! - que o fez lançar-se na grande aventura de desenhar pessoas no metro, em várias cidades do mundo. O resultado dá pelo nome de Subway Life e é apenas uma das muitas facetas deste autêntico homem do dado.


Para o Dj Shot, desta vez fui ao encontro de um porto-santense que se rendeu aos encantos lisboetas. Entusiasta das sonoridades quentes e da mistura exótica de estilos, Fabrizio desprendeu-se da electrónica pura e dura e hoje pratica uma espécie de "funk global", como gosta de lhe chamar.

O Guia da Noite Lisboa #15 conta ainda com a minha retrospectiva do que foram estes cinco anos do Jameson Urban Routes, o primeiro festival indoor organizado por um clube. E como a quinta edição começa precisamente hoje, ainda há tempo para algumas sugestões e destaques da programação deste ano.

A não perder também a entrevista aos Dead Combo, que acabam de lançar Lisboa Mulata, e o artigo sobre a nova (mo)vida do Cais do Sodré, dois trabalhos da minha colega Myriam Zaluar.

O Guia da Noite #15 é distribuído gratuitamente em Lisboa e pode folhear-se aqui e agora em qualquer parte do mundo:


Ferramentas do Google que os jornalistas não usam - mas deviam

Jornalistas, há vida para além do Gmail, do Gtalk, do Google Calendar, do Google Docs e do Google+...

Uma plataforma de crowdsourcing, ferramentas para tratamento de dados, estatísticas de pesquisa e até um projecto que dá informação sobre catástrofes naturais e outro tipo de crises... Estas são algumas das ferramentas que o Google disponibiliza gratuitamente e que podem ser muito úteis para qualquer jornalista - muito embora sejam poucos os que as conhecem e utilizam efectivamente.

A lista completa está em Five Google tools journalists don't use but should, um excelente artigo de Margaret Looney no International Journalists' Network.

Responder aos comentários dos leitores

Entre muitas outras mudanças, o ciberjornalismo trouxe a possibilidade de os leitores comentarem os artigos fácil e rapidamente. Quando um jornal ou revista online tem a opção de deixar comentário, jornalistas e editores têm que estar preparados para ler as opiniões dos leitores e devem saber quando e como responder.

O artigo de hoje de Tamara Littleton no Journalism.co.uk aborda estes e outros assuntos relacionados com os comentários online: se e como moderar comentários; em que casos e como responder; como corrigir erros online, entre outros conselhos úteis.

3 situações que podem "minar" a carreira de um freelancer

Quando as coisas não correm como esperado - o trabalho não aparece ou quando aparece é mal pago -, temos duas hipóteses: ou culpamos a crise ou revemos aquilo que podemos estar a fazer mal.

É verdade que a crise tem andado a fazer das suas, mas nem sempre é a única responsável pelos fracos resultados de um freelancer. Maria Beck apresenta três situações que podem estar a "minar" a carreira de muitos freelancers, sem que sequer se dêem conta disso. O melhor de tudo é que a convidada do The Renegade Writer dá ainda algumas dicas preciosas para contornar essas "armadilhas" em 3 pitfalls that keep freelancers from landing better writing assignments (and how to avoid them).

Lições de uma freelancer

Quando deu por isso, LaToya Irby já estava a trabalhar como freelancer há três anos. Durante todo este tempo, foram muitas as lições que aprendeu. As mais importantes estão em Biggest lessons of my freelance career e são de leitura obrigatória.

Marketing para freelancers

Já aqui tinha dito que fazer algum self-marketing é indispensável para que um freelancer possa subir um patamar na sua carreira. Volto a reforçar a ideia e deixo aqui as sugestões de Jennifer Mattern para planos de marketing eficientes para freelancers.

Revisão e aprovação pelas fontes

De um lado está o argumento do rigor e da precisão; do outro está o argumento de que o bom jornalismo é independente e não depende da aprovação das fontes. Afinal, devem ou não as fontes rever e aprovar os artigos antes de serem publicados? O dilema adensa-se quando se trata de estórias sobre ciência e saúde e há boas razões de ambos os lados.

Esta semana, o António Granado chama a atenção para dois artigos do The Guardian sobre este interessante debate que valem mesmo a pena ler aqui: Devem as fontes ler os artigos antes de serem publicados?

Perfil

O perfil é, sem dúvida, um dos meus géneros jornalísticos preferidos. É mais difícil de escrever, mas é um prazer enorme descobrir de que são feitas as vidas de quem entrevistamos. As entrevistas podem ir mais fundo e, conforme aquilo que o perfilado nos contar - e aquilo que sentimos ao fazer o trabalho - , há uma enorme possibilidade de ângulos a explorar.

Diria mesmo que há uma certa liberdade que outros géneros não nos dão. Mas atenção, isto não significa que não tenhamos que seguir regras. Já na faculdade ouvia dizer que um bom perfil deve ter quatro a cinco fontes diferentes. Deb Wenger inclui este e outros conselhos úteis em Writing better profile stories.

Mais alternativas

Em Julho apresentei aqui a lista de caminhos profissionais que um jornalista / produtor de conteúdos pode hoje seguir, como alternativa aos tradicionais, segundo Corey Freeman. Agora é a vez de Jennifer Mattern sugerir mais três alternativas para quem quer trabalhar com as palavras em Types of freelance writing jobs you can pursue today.

Quando as coisas se complicam...

De repente, aquilo que era um simples artigo transforma-se num enredo sem fim: o editor acha que afinal não era bem aquilo, pede mais uma entrevista, mais uma caixinha, mais uma foto, mais uma ajuda para uma peça paralela, mais isto e mais aquilo... e quando damos por ela, temos em mãos um trabalho muito diferente do inicialmente encomendado pelo mesmo preço. Ora, para um freelancer, é importante que tudo esteja bem explicitado no início do trabalho: só assim se podem contabilizar devidamente as horas de trabalho e as despesas associadas para se fazer um orçamento adequado.

O que fazer exactamente quando complicações deste tipo aparecem? Aceder aos "pedidos especiais" pode dar os seus frutos e ser até uma mais-valia, mas, por outro lado, uma "derrapagem" deste tipo pode implicar os restantes trabalhos de um freelancer e o valor a receber pode mesmo não compensar o esforço extra.

Já passei por isso e sei como pode ser complicado tomar uma decisão. Neste departamento, o The Renegade Writer dá uma ajuda preciosa: How to battle scope creep in a writing assignement é de leitura obrigatória.

Estruturar preços e orçamentos

Ok. Estabelecer quanto cobrar e fazer orçamentos deixou de ser um drama. Mas e se a forma desse orçamento não estiver correcta? Estarão todas os pontos bem esclarecidos no preço final? É a pensar nestas questões - que têm mais a ver com estrutura do que com números propriamente ditos -  que Jennifer Mattern apresenta 3 signs it's time to rethink your rate structure.

O que é preciso para se ser freelancer

"The best way to be a freelance journalist is to wake up every day and be a freelance journalist."
Quem o diz é Andrew McMillen e eu não podia estar mais de acordo.

Um tweet de apresentação

Jon Offredo odeia escrever cartas de apresentação e não é o único.
Um dia, o Jobseeker dos Wannabe Hacks deu um murro na mesa e em vez de uma carta... escreveu um tweet de apresentação. Sim, uma carta de apresentação com 140 caracteres.

No fim de contas, temos duas opções quando nos candidatamos a um emprego ou enviamos uma proposta: ou fazemos a coisa como deve ser - uma carta personalizada, cuidada, feita à medida - ou viramos completamente o jogo e ousamos inovar - 140 caracteres de motivação podem servir o propósito. O que não vale é copiar e colar o mesmo discurso uma e outra vez.

Estes e outros conselhos para escrever boas cartas - ou tweets! - de apresentação estão em The Jobseeker's slightly angry post about writing cover letters.

Networking

Por vezes, não há ninguém melhor que um novato para explicar o bê-a-bá a quem também quer começar nestas andanças. Ninguém melhor que um novato entende as dúvidas e ansiedades de outro novato. Neste caso, é a Intern dos Wannabe Hacks que dá uma lição de networking básico para jovens jornalistas numa série de dois post:

How to be a networking pro: part one
How to be a networking pro: part two

Eu errei

Quando um jornalista não só admite um erro, como assinala a data em que o cometeu dez anos depois... isso é digno de se lhe tirar o chapéu.

Eu já escrevi uma manchete errada é uma lição de jornalismo. Uma das muitas lições que o António Granado me tem dado ao longo destes últimos anos.

Ainda há empregos seguros?

Robert Niles acha que nem um contrato de trabalho garante necessariamente um emprego seguro e dá algumas dicas para detectar postos de trabalho em risco. Numa altura em que os despedimentos colectivos em grandes grupos de media portugueses são uma constante, vale mesmo a pena ler What does "job security" mean for a journalist, anyway?.
"To me, job security means working for someone who I know will never fire me. In my experience, with this industry in this economy, there's only one person I trust fits that description: Me."

Palha para encher jornais

Delicioso e genial, o blog Unnecessary Journalism Phrases! Estão lá aquelas frases redundantes que se usam quase sem se dar por isso; as expressões que só servem para encher chouriços e aquelas palavrinhas a mais que não acrescentam nada mas que tanto jeito dão para "compor" o texto e chegar ao número de caracteres desejado. Palha da melhor!

O António Granado diz que tem pena de não ter tempo para fazer uma versão portuguesa disto. E não é o único.

Vêm aí as festas...

Sim, Jennifer Mattern já está a pensar no Natal.
E a verdade é só uma: se não fossem os inesperados 30ºC que se fazem sentir ainda em Outubro, aposto que toda a gente já estaria a pensar no mesmo e, de um dia para o outro, as montras das lojas começavam a exibir motivos natalícios...

Dezembro está à porta e a colaboradora do All Freelance Writing tem razão: há que preparar as festas. Não estamos a falar da ceia de Natal, mas das férias, esse verdadeiro tema-tabu para os freelancers. A época natalícia pode ser uma óptima altura para descansar, uma vez que se trata de uma espécie de mini silly season em que pouco acontece para além da corrida às lojas.

Mas para que tudo corra pelo melhor (por um lado, há que ter consciência que sem trabalho não há vencimento e, por outro, há que avisar os clientes de que se vai estar fora por uns tempos), diz Mattern, é necessário planear .... e já!

A importância dos contactos

Desde os tempos da Faculdade que ouço isto: um jornalista é tão bom quanto a sua carteira de contactos. E, de facto, assim é. São eles que nos dão as estórias: dão ideias, são fontes preciosas de informação, podem ajudar em  assuntos que não dominamos, comentam aspectos relevantes dos temas, acrescentam factor humano... As razões são intermináveis e para interiorizar.

E como nunca é de mais repetir, vale a pena ler as dicas de Natalie Clarkson, a Undergrad dosWannabe Hacks, para fazer novos contactos.

Falar com jornalistas? Eu?

Ultimamente tenho tido uma série de contactos difíceis para fazer e nem sempre tenho conseguido as entrevistas à primeira tentativa (ou à segunda, ou à terceira...). Quando isto acontece, balanço entre a ira e a frustação - bolas! Mas por que raio não quer este tipo falar?! -, mas hoje dei comigo a olhar a situação de outro ângulo. Afinal, a pergunta deveria ser outra: por que carga de água é que alguém haveria de querer falar com um jornalista?

E assim percebi como é difícil para nós, jornalistas, colocarmo-nos na pele dos potenciais entrevistados. Estaria eu disposta a falar com um tipo que não conheço de lado nenhum, correndo o risco de tudo o que eu disser ser mal interpretado? Para quê perder o meu tempo? Boa pergunta.

Lembrei-me então deste artigo, já antigo, do Media Helping Media: Why would anyone talk to a journalist?. Nele, Don Ray dá algumas dicas para o jornalista perceber a relutância de quem está do outro lado da barricada, condição essencial para ultrapassar esses constrangimentos e conseguir construir uma boa relação com as fontes.

Transformar um cliente em dois

Os freelancers estão constantemente à procura de um novo cliente. Mas porquê ter só mais um quando se pode ter mais dois?

Chris Bibey dá três sugestões simples e eficazes para rentabilizar contactos antigos e aumentar a carteira de clientes em How to turn one client in two.

Uma questão de saúde

Linda Formichelli acha que, para muito boa gente, encontrar tempo para escrever é mesmo uma questão de saúde.

E eu também.
"The biggest obstacle getting in the way of most would-be professional writers is that between their regular jobs, their families, and their other obligations, they can never find the time to build their writing careers — time to brainstorm ideas, time to write, time to market.
The trick is to make the time — don’t find it."

Propostas "a frio"

Antes de mais, uma novidade: o Wannabe Hacks tem nova gerência. O actual mandato pertence a Emily Hanford, a Intern; Jon Offredo, o Jobseeker; Natalie Clarkson, a Undergrad; Jonathan Frost, o Entrepreneur e Hannah Bass, a Postgrad.

Tenho acompanhado o desempenho dos novos Hacks (a mudança tem já algumas semanas) e encontrei um interessante artigo em duas partes sobre como fazer propostas "a frio". Sugerir peças pela primeira vez, sem que haja qualquer tipo de relação com o editor, não é fácil, mas é preciso começar por qualquer lado. E quem é freelancer conhece bem a importância do cold pitching. A pensar nisto, a Postgrad convidou Hal Hodson a apresentar algumas dicas para propostas "a frio" bem sucedidas.

Para resistir às baixas temperaturas e conseguir quebrar o gelo... 
Para recordar outros conselhos sobre propostas...

A primeira edição

Gosto que a primeira edição seja minha. Antes de enviar ao editor, faço questão de reler tudo, várias vezes. Tento sempre ter tempo para deixar o texto repousar (se possível, de um dia para o outro), e, quando volto a pegar nele, há, invariavelmente alterações a fazer. Uma frase que não soa bem, uma palavra que merece ser substituída por outra, afinar o lead, a entrada ou a conclusão. Às vezes escolho o título definitivo de entre as 3 ou quatro opções que escrevi. E há sempre gralhas, por vezes um verbo que não concorda, ou uma frase terrivelmente longa. Chego a cortar um parágrafo inteiro.

Tento enviar o texto final o mais satisfeita possível e depois é esperar pelo feedback do editor, que terá um olhar ainda mais fresco que o meu e um sentido ainda mais apurado do que é o estilo da publicação.

Sei que muitas vezes terminamos as peças em cima do deadline e que a nossa primeira reacção é anexar a coisa, enviar o mail às 3h da madrugada e desmaiar na cama. Mas o tempo da nossa primeira edição não é tempo perdido. Evita coisas desagradáveis como deixar para o editor a correcção de gralhas quase imperceptíveis e a desilusão que é, ao ler o texto publicado, darmos de caras com um trabalho que está longe de nos satisfazer. Só eu sei o que senti quando, num artigo que tanto gozo me deu escrever, vi, a linhas tantas uma gralha que deve ter passado por mim - e pelos editores - dezenas de vezes. Era missa que queria dizer, não missão. Mas foi missão que saiu e já nada havia a fazer. Nunca mais me vou esquecer disso.

Tudo isto para dizer que compensa sempre investir algum tempo na primeira revisão e edição e que vale a pena espreitar as dicas de Marya Zainab em The ultimate 15 point checklist to make your writing come alive.

Ferramentas para colaboradores

Já aqui tinha falado do Kapost e toda a gente conhece o Google Docs ou a Dropbox, mas a lista de ferramentas para colaboradores que Sarah Marshall faz vai muito além disto. Há até editores de vídeo para quem precisa de fazer edição a mais que um par de mãos.

E o melhor é que é tudo grátis.

Conteúdos avulsos

E se, para comprar aquela t-shirt da montra, o cliente tivesse obrigatoriamente que comprar também as calças, o casaco e os sapatos que estão no manequim? O mais provável é que perdesse a vontade de comprar seja o que for.

Robert Niles acha que é exactamente isso que acontece com os conteúdos. Há muitos clientes que não estão para comprar pacotes de conteúdos e assinaturas quando o que querem, de facto, é aquele conteúdo específico - a t-shirt da montra e não as calças e os sapatos e o casaco. Se uma boa parte dos clientes prefere conteúdos avulsos, porque não apostar neste modelo de negócio?

Sobre isto, vale mesmo a pena ler Looking to increase content sales and revenue? Debundling will be the hot growth market.

Dicas para entrevistas em vídeo

Hoje, um jornalista pode ter de contar a estória em diferentes formatos: texto, vídeo, áudio, slideshow...
Eu confesso que me sinto muito mais à vontade com as palavras do que com as imagens, por isso as dicas de Don Ray para entrevistas em vídeo vieram mesmo, mesmo a calhar.