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Jornalismo, freelancing, social media... e as estórias por detrás de tudo isto. Por Patrícia Raimundo

Como é ser-se freelancer

E se qualquer pessoa que passa na rua tivesse a oportunidade de saber o que sente um freelancer no seu dia-a-dia? Há quem tenha feito a experiência aqui:



[Dica de Hugo Moutinho]

Jornalismo de investigação no Youtube

O Youtube vai ter um canal de jornalismo de investigação. Chama-se I Files, é da responsabilidade do Centro de Reportagem de Investigação e parece-me um projecto muito interessante para acompanhar nos próximos tempos.

Mitos sobre a publicação online

O papel e o online são suportes muito diferentes que podem - e devem! - ser usados por quem produz conteúdo de formas diferentes, para servir diferentes propósitos e objectivos, aproveitando ao máximo as suas características únicas. No entanto, alguns mitos parecem dominar a publicação online, fruto do anterior domínio do papel nas nossas vidas. Adam Westbrook apresenta 9 desses mitos e mostra como as plataformas online não se regem pelas mesmas regras do papel e como isso pode ser uma tremenda vantagem para quem produz conteúdos nos dias que correm.

Vizify: Biografias visuais

Ontem estive a experimentar o Vizify, uma plataforma que permite criar interessantes biografias visuais, verdadeiros "cartões de visita" online. O site é muito fácil de usar e o resultado é bem apelativo: o Vizify recolhe informação das principais redes sociais (Facebook, Twitter, Linkedin, Foursquare), mas também permite editar as várias páginas deste mini-cv online.
Para já, é preciso ter convite para experimentar: quem não tiver um pode requerê-lo - o meu chegou no dia seguinte.

O meu Vizify pode ver-se aqui.

Fui despedido. E agora?

Steve Buttry escreveu os melhores conselhos para quem acabou de ser despedido que eu alguma vez li. Obrigatório, para desempregados e empregados: Enduring lessons from being fired 20 years ago.

Algumas das minhas preferidas:
"Finding a job is a full-time job. You have to work your ass off to find a new job.

Conduct your own interview. When you’re unemployed, you feel as though you’re bringing the stench of desperation into the job interview. Confidence is the best deodorant for desperation.

Keep working. Even work that doesn’t generate money keeps your skills and your mind fresh. I would certainly be blogging if unemployed today"

Mostrar a estória às fontes antes de publicar

Deve um jornalista mostrar a estória às fontes antes de publicar? A esta questão polémica, Steve Buttry responde com um excelente artigo de leitura obrigatória: Sharing stories with sources before publication is risky, but can improve accuracy.

Mais boas ideias de curadoria

Desta vez, Steve Buttry compila as excelentes ideias sobre curadoria da nova equipa da Digital Media First. Vale mesmo a pena ler.

Notícias personalizadas

Jonathan Stray assina um artigo muito interessante sobre a necessidade de personalizar as notícias, segundo os interesses de quem lê: Who should see what when? Three principles for personalized news.

Desculpas para tirar férias

Quem é que precisa de desculpas para tirar férias? Os freelancers, claro! Quando trabalhamos para outros, agendar as férias é uma coisa natural, mas quando o fazemos por conta própria nem sempre é fácil decidir tirar uns dias.

A 16 de Abril do ano passado estava eu a preparar aquelas que seriam - esperava eu - as minhas primeiras férias enquanto freelancer. Esperava eu, porque a verdade é que os dias que determinei como "férias", tiveram pouco ou nenhum sabor a férias. Os meus rendimentos na altura não deram para grandes planos e a ansiedade de quem ainda está a começar e não sabe muito bem o que vai encontrar quando voltar não ajudaram ao descanso. Foram uns dias fora da capital e do meu escritório caseiro, pouco mais que isso.

Este ano as circunstâncias são diferentes - já não sou exclusivamente freelancer, embora a maior parte das minhas rotinas de trabalho se assemelhem muito a essa condição -, por isso estou confiante que desta vez vou poder desligar e desfrutar muito mais umas verdadeiras férias.

Para quem ainda precisa de "desculpas" para tirar férias, Nellie Akalp dá excelentes dicas em How to justify a vacation when you're self-employed.

Freelancing: 25 anos, 25 lições

Gostei de ler as Top 25 lessons learned in 25 years of freelancing de Will Kenny no Freelance Switch.

Alguns destaques:
  • Slow and steady wins the race
  • What I decide not to do today will have as much influence on my ultimate success as what I decide I will do
  • “It’s all my fault!” may be an exaggeration, but it is also the mantra of the successful freelancer.
  • The days when I work heroically to make huge advances on a big client project are nowhere near as satisfying as the days that show a balancebetween work and personal life

Hábitos e ferramentas para jornalistas eficientes

Kevin Loker apresenta 7 hábitos - e as ferramentas para os pôr em prática - que podem contribuir para aumentar a eficiência dos jornalistas.

O meu preferido:
"Seek first to understand, then to be understood"

Curadoria: Técnicas, tipos e dicas

Muito bom este post de Steve Buttry sobre curadoria: Curation techniques, types and tips.

[Dica de António Granado]

Os melhores blogs para estudantes de jornalismo

Um post - e muitos blogs - a explorar nos próximos tempos: The 40 best blogs for journalism students.

[Dica de Lauren Rebaino]

Estórias de investigação

Muito úteis as dicas de Paige Williams para escrever boas estórias de investigação em Narrative + Investigative: tips from IRE 2012, Part 2.

[Dica de Fórum de Jornalistas]

Dar o salto do emprego para o freelancing

Deixar um emprego fixo para começar uma carreira como freelancer pode ser um verdadeiro salto em queda-livre: a adrenalina, o risco e o prazer são mais ou menos os mesmos. Tim Hillegonds dá alguns conselhos para quem está prestes a dar o salto aqui: How to make the leap from corporate America to freelance writing.

Como escrever títulos irresistíveis

Conselhos para escrever bons títulos - confesso que para mim são sempre difíceis - nunca são demais! E os de Mary Jaksch são excelentes, muito voltados para a escrita online. Para ler aqui: The art (and science) behind neck-snapping headlines.

Como as redes sociais podem influenciar editores e publicações

Muito interessante o artigo de John Hall sobre a influência das redes sociais nas escolhas dos editores e das publicações. Segundo o colaborador do Social Media Today, cada vez mais os editores estão atentos à presença dos seus colaboradores (freelancers ou não) nas redes sociais, ao potencial de partilha que podem gerar, ao valor acrescentado que poderão trazer à publicação, etc... Para Hall, está na altura de mergulhar a fundo nas redes sociais, já que estas podem ser uma excelente forma de consolidar uma postura profissional e sobressair num mercado saturado. Para os freelancers então, esta parece-me ser a oportunidade.

Vale mesmo a pena ler Social media is revolutionizing online publishing.
Social media is now influencing what content is written, how publishers accept content, and the overall information that’s displayed online. People who build their companies and personal brands are gaining more followers, friends, and connections. As a result, they are getting more press, opportunities, and authority. Rather than wait for your ship to sail in, swim out to it. Being proactive is the only way to make a splash in the publishing industry.

Produzir todos os dias é preciso

Adam Westbrook dá o melhor conselho que se poderia dar a quem quer ser bem sucedido em áreas como a escrita, o jornalismo, o cinema, o design... enfim, qualquer área em que a criatividade e o empreendedorismo façam a diferença:
"Whatever it is you want to do, you must produce it and consume it every day."

Vamos a isso?

Escrever por antecipação

Quando, em Março, estive a partilhar as minhas estórias em jornalês com os alunos de Seminário de Jornalismo (Curso de Comunicação e Jornalismo) da Universidade Lusófona, um dos assuntos que abordámos no final foi esta: escrever por antecipação é ou não uma boa estratégia para um freelancer? Devemos enviar o texto já escrito para o editor antes mesmo de saber se o quererá publicar?

O tema foi levantado por uma aluna e eu dei a minha opinião: acho arriscado, por vários motivos. Primeiro, porque há sempre o perigo (e é um perigo bem real e mais comum do que o que se possa pensar) de o texto ser "roubado". Se não conhecemos bem o editor, se não há ainda alguma confiança, é estar a arriscar demasiado. Depois, porque podemos não "acertar" no ângulo certo para a publicação em questão. Como freelancers, podemos escrever por antecipação e tentar vender a peça a vários meios (um de cada vez, atenção - o que daria um belíssimo tema para outro post...), mas, desta forma, das duas uma: ou não personalizamos o texto segundo o estilo de cada publicação ou temos o dobro do trabalho (que não sabemos se vai dar frutos) a fazer as modificações necessárias para a peça "caber" nas especificidades de cada revista ou jornal.

A aluna também deu os seus argumentos: é que, se enviarmos o texto logo, podemos conseguir convencer mais facilmente o editor de que escrevemos bem e temos um bom trabalho. Não deixa de fazer sentido, mas, ainda assim, penso que o ideal é criar uma boa relação com os editores e, tanto quanto possível, acertar os pormenores do trabalho antes de se partir para o terreno. Acredito que é a situação ideal para as duas partes, freelancer e editor.

Na minha ronda quase diárias pelos blogs, dei de caras com um excelente post de Linda Formichelli sobre este tema - write on spec, em inglês.


Para quem já se viu a braços com este dilema, You ask, I answer: Should I write on spec? é de leitura obrigatória.

Os 4 pilares do freelancing

Obrigatório ler os 4 pilares de uma carreira de sucesso como freelancer, de Simon Clarke.

Um lembrete para jovens jornalistas

Gostei de ler o último post de Hannah Bass no Wannabe Hacks: Young journalists must remember that we deserve to be paid.

Numa altura em que entramos na "época alta" dos estágios não remunerados, o lembrete de Bass vem em boa hora. Os estágios fazem todo o sentido; o que não faz sentido é, a partir de certa altura, continuarmos a não cobrar pelo trabalho que fazemos. Como não me canso de repetir por aqui, trabalhar de borla, só se...

Ser um blogger freelancer

Leo Babauta começou por ser jornalista freelancer: publicava artigos em jornais e revistas como forma de complementar o rendimento do seu emprego full-time. Num interessante post no Freelance Switch, Babauta explica como este ano decidiu experimentar algo diferente: ser um blogger freelancer.

O Verão está aí...

... e Patty Coffy diz que esta é uma excelente época para quem está à procura de emprego.

Não sei se será melhor ou pior que outras épocas do ano - afinal há sempre aquela ideia de que de Julho a Setembro o mundo do trabalho entra numa fase de quase "câmara lenta" - mas numa coisa a colaboradora do Mashable não podia estar mais certa: deixar de procurar trabalho no Verão é estar mesmo a pedir para perder oportunidades...

Os 10 mandamentos dos empreendedores do digital

Obrigatório ler! Jim Breiner diz tudo aquilo em que eu acredito aqui: 10 commandements for digital news entrepreneurs.

[Dica de António Granado]

Entrevistas cara-a-cara, por telefone ou e-mail

Mallary Jean Tenore juntou as opiniões de cinco jornalistas diferentes sobre as suas preferências quanto às entrevistas: as entrevistas cara-a-cara são sempre a melhor opção? Em que casos o telefone pode ajudar? Quem utiliza mais o e-mail para obter declarações?

Vale mesmo a pena ler How journalists decide whether to interview by phone, e-mail or face-to-face.

Infografia: Dentro da cabeça de um freelancer

Muito interessante esta infografia do Mashable com as principais estatísticas sobre freelancers.

[Dica de Freelance Unbound]

Estudo: Jornalismo digital

Muito interessantes as conclusões do Oriella Digital Journalism Study: 75% dos jornalistas utilizam as redes sociais como fontes das suas estórias e 46% diz que 80% das notícias que publicam online não são cópias da edição em papel.

Vale a pena ler o resumo do estudo feito por Rachel McAthy no Journalism.co.uk.

7 questões para responder antes de começar por conta própria

Começar uma carreira como freelancer ou mesmo dar o pontapé de saída para um negócio por conta própria pode ser o maior desafio da vida de um profissional, sobretudo se a decisão implicar a renúncia a um emprego estável. É por isso que Nellie Akalp diz que é melhor tentar responder a estas 7 questões antes de começar por conta própria.

Escrever artigos inesquecíveis

Vale a pena ler e seguir os conselhos de Henry Junttila para escrever artigos inesquecíveis -  Checklist: 7 things you have to do to write unforgettable articles.

Este é o melhor ou o pior momento para os media?

Nem uma coisa, nem outra, diz Francisco Pérez Latre. Ou melhor, o tempo em que vivemos é simultaneamente o melhor e o pior para os media.

Vale a pena ler esta reflexão aqui: El mejor momento para los medios (y también el peor).
"Para los medios es, paradójicamente, el mejor de los momentos y el peor. El mejor porque el coste de difundir noticias, producir vídeos o canciones nunca había sido tan bajo para satisfacción de productores y consumidores. Pero también el peor, porque es difícil encontrar empresas con modelos de negocio sostenibles y abundan productos sustitutivos."

Empreendedorismo contra a crise

Para Francisco Pérez Latre só há uma solução para a crise: o empreendedorismo.
Eu assino por baixo.

Ideias sobre jornalismo e o futuro dos media

Como sempre, vale mesmo a pena o último post de Steve Buttry, mais uma análise muito interessante sobre o jornalismo e o futuro dos media.

Cartas de apresentação para freelancers

Escrever uma boa carta de apresentação é fundamental para quem procura um emprego, mas também para os freelancers que procuram novas oportunidades de trabalho. A pensar nas especificidades do jornalismo por conta própria, Linda Formichelli dá óptimas dicas para cartas de apresentação para freelancer em How to write a letter of introduction that will impress editors and get you more freelance writing gigs.

Conselhos de edição

Steve Buttry dá sábios conselhos de edição em Copy editing: It's taught me a lot, but it has to change.
O meu preferido?
Make every word count.

Jornalistas online

10 reasons why online journalists are better journalists (in theory) pode ser um título um pouco provocador e capaz de lançar algumas achas para a fogueira do papel Vs digital. Mas o artigo de Emily Henry é também um óptimo retrato do que devem ser hoje os jornalistas online. Vale mesmo a pena ler.

A evolução das notícias

Muito interessante o resumo da evolução das notícias que David Brewer faz no Media Helping Media. Do conceito de superuser, das multi-plataformas que hoje estão ao nosso dispor à disrupção do digital: está tudo em The uneasy but essential evolution of news.

Obrigatório.

Estar com outros freelancers...

... é fundamental para o sucesso de uma carreira por conta própria. Thursday Bram explica porquê em 5 reasons to spend time with other freelancers.

Conseguir mais trabalho freelance (e mais dinheiro)

São óptimos os 10 conselhos para conseguir mais trabalho - e dinheiro! - como freelancer de Carol Tice. Pedir recomendações a antigos clientes, propor novos projectos a clientes actuais, fazer mais networking, criar conteúdo especializado são apenas alguns.

Os empregos online estão a crescer

Muito interessante o artigo de Melanie Brooks sobre o Elance Global Online Employment Report no Freelance SwitchSegundo o estudo, só a produção de conteúdos para Internet cresceu 56% em relação ao ano passado. E o social media marketing 41%.

Há que aproveitar as oportunidades onde elas estão. E agora, muitas delas estão online.

Micronegócios em jornalismo

Mais um excelente post de Adam Westbrook para ler e ganhar alguma inspiração: The rise of the microbusiness and why journalists should embrace it.

Fazer ondas no jornalismo

Sempre certeiro, este Adam Westbrook: o jornalismo e as indústrias ligadas à comunicação precisam de quem faça ondas.

Como? 10 ways to make waves in journalism & publishing dá algumas pistas.

Os media que têm futuro

Para Francisco Pérez Latre, há media que têm futuro, porque estão dispostos a mudar. Os que não esstiverem, não devem culpar a crise. Obrigatório ler: Medios que SÍ tienen futuro.
"En el blog pensamos que los medios con más calidad e identidad, los más locales, los digitales, los móviles y los que eviten repetir las noticias de ayer tienen futuro. Los que no se transformen no deberían limitarse echar las culpas a la crisis: los iPads y los Kindles, por ejemplo, tienen buenos índices de venta.

El futuro de la industria de los medios pasa por cambiar... sin perder de vista lo esencial."

Media: o futuro está em criar valor

Muito interessante o resumo que Francisco Pérez Latre faz da ideia de "valor acrescentado", defendida por Robert Picard, em El futuro de los medios: crear valor.

De facto, numa altura em que grande parte dos media parece fazer mais do mesmo - apesar de nunca como dantes haver a possibilidade de fazer coisas novas e diferentes - , o futuro da comunicação pode passar pela criação de produtos de valor acrescentado.

Propor projectos

Já aqui tenho deixado algumas dicas sobre como propor estórias a editores enquanto freelancer. Hoje, deixo um excelente artigo de Jeremy Caplan sobre outro tipo de propostas: convencer alguém a investir ou colaborar num projecto empreendedor na área dos media.

Para ler aqui: 3 ways entrepreneurial journalists can successfully pitch their projects.

Ainda os estágios não remunerados

A questão dos estágios não remunerados parece estar na ordem do dia do outro lado do Atlântico. Vale a pena ler os comentários dos leitores da Atlantic compilados em dois artigos. Um, contra os estágios remunerados, o outro, a favor.

Unpaid internships: Bad for students, bad for workers, bad for society

In defense of unpaid internships

[UPDATE]

Mais uma acha para a fogueira:

Work is work: why free internships are immoral.

Nunca trabalhar de borla... a menos que...

Paul Bradshaw acha que dizer aos recém-licenciados em jornalismo para não trabalharem de borla não é a solução. Não que o autor do Online Journalism Blog apoie os eternos estágios remunerados: a questão aqui é analisar a situação/proposta caso a caso.

É por isso que à frase nunca trabalhes de borla, Bradshaw gosta de acrescentar um ...a menos que...
E, exactamente, a menos que... quê? A menos que valha a pena, claro. Se o trabalho em questão valorizar a minha presença no mercado (e não, não é trabalhando eternamente à borla na maior cadeia de TV, rádio ou imprensa do país  à espera da oportunidade que raramente chega), se for um verdadeiro investimento em mim, se ajudar o mundo de alguma forma, se for um projecto meu, um projecto empreendedor em que eu acredito.

Eu, que sou muito pouco flexível nesta coisa do trabalho gratuito, que acaba por minar o mercado de trabalho e diminuir ainda mais as reais oportunidades de emprego - ninguém me consegue convencer do contrário - , gostei de ler Telling wannabe journos "Don't work for free" doesn't help. E porquê? Porque é uma posição equilibrada, razoável: não basta só ser contra o trabalho gratuito, doa a quem doer. É ser-se contra um determinado tipo de trabalho gratuito. É que fazer um estágio curricular é bem diferente de trabalhar de borla meses e meses a fio para grandes empresas que declaram sempre lucros no final do ano. E este tipo de trabalho de borla é bem diferente de investir tempo e dinheiro num projecto nosso, mesmo que não tenha retorno financeiro imediato. São grandes diferenças e que devem ser tidas em conta.
"It’s a big step to take: internships at least provide that tangible hope that you will strike lucky, and the illusion of working as a journalist. Doing it yourself means taking on more responsibility and initiative, and trusting more in your own ability to improve. But those are the qualities employers – or owners – are looking for.
[...]Internships will still work for those with the resources and contacts to pursue them. But they shouldn’t be the only route – and encouraging people to think critically about the options open to them is better than shutting them off entirely."

Tradutor de editores

Melissa Breau faz um excelente exercício no Freelance Switch: "traduz" alguns dos comentários que os editores  de revistas costumam fazer aos freelancers e que tantas vezes são mal entendidos por nós.

Pode não ser sempre exactamente assim, mas When an editor is not that into you: Writing for magazines edition pode dar algumas pistas muito úteis para freelancers que estão a começar.

Porque o empreendedorismo é mesmo o melhor caminho...

Dificilmente me conseguem convencer do contrário: nos dias que correm não basta terminar a licenciatura nem o mestrado, fazer o estágio não remunerado da praxe - ou vários -, preencher um CV modelo europeu e distribuí-lo às centenas por aí. Quando o mercado está mais competitivo que nunca, quando as dificuldades em conseguir um emprego na área da comunicação e do jornalismo são cada vez maiores, isto pode ser claramente insuficiente.

Para mim, o empreendedorismo é o melhor caminho. Muitas vezes é mesmo o único caminho, a única entrada possível num mundo que tantas vezes nos fecha a porta. E a minha filosofia sempre foi esta: se não te dão a oportunidade, faz a tua própria oportunidade. Com as possibilidades que temos hoje ao nosso dispor, já não há desculpas para não apostar no empreendedorismo, na criatividade e, porque não, no freelancing.

É por isso que me sabe tão bem ler os posts do Adam Westbrook. E este - The active way to start your journalism career - então...

Como sempre, Westbrook sabe do que fala. É um empreendedor, no verdadeiro sentido da palavra.
A forma activa de começar uma carreira em jornalismo pode não ser a mais fácil nem a mais imediata, mas pode ser a única maneira e aquela que dá mais frutos.

Criar um portefólio online: 5 sites gratuitos

Muitas vezes ter apenas um perfil no LinkedIn não é suficiente. Quem quer criar um portefólio online, muitas vezes opta pelo blog, mas há mais opções. Elana Zak apresenta uma excelente lista de 5 sites gratuitos para criar portefólios online, ideais para jornalistas.

O início do fim dos estágios não remunerados?

Vale a pena ler o artigo de Josh Sanburn na Time sobre um fenómeno que está a acontecer do outro lado do Atlântico: alguns estagiários estão mesmo a processar grandes empresas pela falta de condições e remuneração em que ocorrem grande parte dos estágios.

Pode este ser o início do fim dos estágios não remunerados?

Algumas pistas estão em Internships: The beginning of the end of the unpaid internships.

O futuro do jornalismo por Paulo Querido

Muito interessantes as 5 ideias para o futuro do jornalismo que Paulo Querido apresentou na segunda conferência sobre o Jornalismo e a Crise e que o Fórum de Jornalistas resume e bem em O futuro do jornalismo (em 5 palavras).

Gosto de todas, mas a minha palavra preferida é esta:
"Desconcentrado – Estamos a assistir ao princípio da desconcentração: por cada grupo gigante de media que demora a ocupar os terrenos da rede surgem 10 pequenos negócios nativos. O teu mais provável empregador é o Sapo, o ObviousMag, o Aberto de Madrugada ou o Ebook Portugal – ou o teu colega do ano passado que entretanto se lançou por conta própria."

A importância dos mentores

Francisco Pérez Latre diz que qualquer pessoa precisa de um mentor, uma figura de referência, com muito mais experiência que nós, uma inspiração, que possa guiar-nos através do nosso tortuoso caminho profissional. Sim, porque as incertezas e as dúvidas sempre chegam.

No final, Latre apresenta o seu mentor, faz um "retrato robot" do que estas pessoas devem ser e faz a pergunta: já pensaste em alguém?

Eu já. E vocês?

Obrigatório ler: Necesitas un mentor.

O futuro dos media: as ideias de Picard

Francisco Pérez Latre resume muito bem as 10 ideias sobre o futuro dos media apresentadas por Robert Picard, especialista em gestão de empresas de comunicação.

A minha preferida é logo a primeira:
"1. El gran desafío de las empresas en la industria de los medios no es el dinero, sino el cambio y la incertidumbre. Las empresas no pueden pensar que dentro de 2 años seguirán haciendo lo que hacen ahora."

3 bons exemplos de curadoria

Thomas Samph assina um interessante artigo sobre curadoria na Internet - tema de que gosto particularmente - e dá três bons exemplos de curadores no Social Media Today: The rise of the social media curator.
"So while the Internet may seem big and scary, curation is happening all around us. It becomes manageable. And the sites we choose to spend our time on and the channels in which we look for content benefit. What separates the people on this list is not only that they’ve found a niche and stuck to it, but they've created platforms and networks that allow their content curation to thrive"

Um CV no Facebook

A introdução da timeline nos perfis pessoais e nas páginas das empresas no Facebook tem dado azo a algumas boas ideias: milestones, histórias com imagens, cronologias e até a brilhante incorporação da foto de perfil na foto de capa.

Mas esta semana vi uma coisa que pode até não ser inédita - já havia CVs no Facebook antes da timeline - , mas que é um bom exemplo de uma utilização criativa das páginas e da timeline e uma excelente forma de aproveitar o potencial das redes sociais para dar a conhecer o trabalho de um profissional.

Chama-se Marta Poiares, é jornalista e tem um CV no Facebook. Com 104 likes. Por agora.
Obrigatório espreitar!

Alguém por aí tem mais exemplos destes para partilhar?

A estória só não chega

Eric Newton diz que, nos dias de hoje, contar apenas a estória não basta: há que explicar o porquê por detrás dela, fazê-la mais transparente e partilhável.

O essencial sobre esta ideia pode ler-se no último post de Mona Zhang no 10.000 Words: Newton to journalists: focusing on the story isn't enough anymore.

Jornalismo em tempos de crise

O blog do Fórum de Jornalistas faz um excelente resumo da conferência Jornalismo em Tempos de Crise do último sábado em Quantos jornalistas mudariam de emprego amanhã se pudessem?

Como os social media estão a substituir o jornalismo tradicional

O USA Today apresenta uma excelente infografia que mostra como as redes sociais estão a substituir os tradicionais órgão de comunicação social. Prova disso é que já mais de 50% das pessoas diz que teve conhecimento das notícias de última hora através das redes sociais em vez das fontes oficiais de notícias.

Os números, mas também os prós e os contras desta nova forma de consumir notícias, para ver aqui: Social media is replacing traditional journalism.

[dica de António Granado]

Community editor: a primeira contratação de uma revista?

Paul Bradshaw faz uma pergunta pertinente: Should a community editor be a magazine's first hire?

A questão parte de um exemplo e fica no ar como um convite à reflexão.

Jornalismo aberto

Pedro Jerónimo resume bem o conceito de jornalismo aberto, preconizado pelo director-chefe do The Guardian e ainda lança pistas para este e outros jornalismos. A não perder em Dez ideias sobre jornalismo aberto.

O que está por detrás de um não

O que é que motiva um editor a recusar uma proposta ou nem sequer responder? Mil e uma razões podem estar por detrás desta decisão. O IJNet lista 5 delas - as mais prováveis e talvez as mais comuns -, uma excelente forma de evitar alguns erros e de libertar algumas angústias: Five reasons editors say "no" to a story pitch.

O que é um "engagement editor"?

A importância cada vez maior das redes sociais e das comunidades online está a fazer surgir um novo cargo nos media: o engagement editor.

Mas quem é e o que faz um engagement editor? Não há ninguém melhor para responder que os próprios. Steve Buttry juntou alguns depoimentos destes novos editores num post de leitura obrigatória: What does an engagement editor do? Digital First editors answer.

Bolsa de investigação em Ciências da Comunicação

Está aberto o concurso para uma bolsa de investigação em Ciência da Comunicação, no âmbito do projecto REACTION – Retrieval, Extraction, and Aggregation Computing Technology for Integrating and Organizing News, Programa UT Austin-Portugal com apoio financeiro da FCT/MCTES (PIDDAC).

Mais informações aqui.

Reputação Online

Quando estive, na semana passada, na Universidade Lusófona, uma das questões que se levantou foi a da reputação online. Hoje é obrigatório que um recém-licenciado à procura de emprego esteja presente na web, que promova os contactos online e que esteja disponível para ser contactado, para se dar a conhecer. Mas qual é a melhor postura online a ter, sobretudo nas redes sociais?

Bom senso acima de tudo, é o que me parece. Na minha opinião, é possível ter-se um perfil profissional nas redes sociais sem que este se torne demasiado impessoal. Pode-se optar por ter perfis diferentes para o trabalho e para a vida pessoal, mas para quem prefere não se dividir em múltiplas páginas e registos, há sempre as opções de privacidade que podem evitar situações desagradáveis.

Se as redes sociais são a face mais visível da nossa presença online, ela não se esgota aí. Já pensaram que estará na altura de mudar aquele endereço de e-mail embaraçoso e optar por um mais profissional, com uma assinatura a condizer?

Melanie Brooks dá algumas pistas úteis como esta em Your social media persona.

O que nós queremos de uma carreira

Nos últimos tempos tenho lido bastante sobre os millennials - a geração que tem hoje, como eu, vinte e tal anos. Parece que alguns paradigmas que dantes estavam associados aos jovens adultos estão a mudar, por razões económicas e não só: cada vez se sai mais tarde de casa dos pais, compram-se menos casas e menos carros, mas compram-se mais gadgets e viaja-se mais. Há menos casamentos. E por aí fora.

Os hábitos de consumo são, talvez, a face mais visível desta mudança, mas, para mim, há uma grande mudança que, apesar de não tão vincada, cada vez se faz sentir mais: a atitude perante o emprego e a carreira profissional.

Hoje, parece-me a mim, os jovens adultos já pouco acreditam em empregos estáveis e para toda a vida. E já são muitos aqueles que renunciam a um emprego fixo para se poderem dedicar a várias actividades. E que dizer das novas oportunidades de emprego, da possibilidade cada vez mais viável de trabalhar a partir de casa - ou de qualquer ponto do planeta -, de fazer freelancing, de abrir o seu próprio negócio? E aqueles que não têm medo de alterar radicalmente o seu percurso profissional a meio do caminho? Pode dizer-se que muitas destas alterações se devem à malfadada crise - em Portugal, os millennials são também os quinhenteuristas, a Geração à Rasca, os eternos Recibos Verdes... - mas também podem representar uma nova forma de viver o trabalho mais preocupada com a felicidade e a realização pessoal do que propriamente com o dinheiro.

Pelo menos foi esta a conclusão a que a sempre atenta Susannah Breslin chegou depois de lançar um desafio aos seus seguidores twentysomethings no Twitter: o que os jovens adultos de hoje procuram num emprego tem mais a ver com felicidade, realização pessoal, flexibilidade, criatividade, paixão, reconhecimento, liberdade e um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional do que, propriamente, com estabilidade, ganhar muito dinheiro ou ter um determinado status.

Colocar rótulos nas gerações vale o que vale - há sempre quem se identifique e quem não. Eu, pessoalmente, revi-me em muitos dos aspectos que Breslin aponta em How to make twentysomethings happy. Vale mesmo a pena ler.

Partilhar estórias em jornalês

Esta manhã estive, a convite da Marisa Torres da Silva, a partilhar as minhas estórias em jornalês com os alunos de Seminário de Jornalismo (Curso de Comunicação e Jornalismo) da Universidade Lusófona. Foi um enorme prazer conversar com eles, partilhar um pouco o que foi e é a minha carreia profissional, contar a história deste blog, dar algumas dicas para quem, como eles, estão a terminar a licenciatura, e ouvir as suas dúvidas e certezas.
Fez-me pensar que estes encontros entre pessoas diferentes com percursos diferentes deviam ser mais frequentes. Teríamos todos tanto a aprender...!

Se algum dos alunos desta manhã me estiver a ler, partilhem aqui os vossos blogs, deixem as vossas sugestões,  ponham mais questões... Estejam à vontade!

Obrigada pela partilha e boa sorte para esta nova etapa!

Check list para freelancers

Edna R. Aluoch chama-lhes dicas, eu prefiro chamar-lhes as 5 condições essenciais do freelancing. Uma espécie de checklist para riscar ponto a ponto quando alguém se decide a começar uma carreira por conta própria.

Enhance your freelance writing career with this 5 tips. E estás pronto para começar.

Golfe em Portugal: 120 Anos de História na blogosfera

Há sensivelmente um ano, por esta altura, eu e a Mafalda Lopes da Costa estávamos a escrever Golfe em Portugal: 120 Anos de História, o álbum ilustrado publicado pela Tinta da China.

Não haveria nada melhor para relembrar a efeméride que sermos surpreendidas, no início deste mês, por um simpático post no blog O Meu Golfe:
"A minha sogra ofereceu-me, com uns dias de atraso, a melhor prenda de aniversário: um exemplar do Golfe em Portugal - 120 anos de história.
Este livro escrito por Patrícia Raimundo sob coordenação da Mafalda Lopes da Costa (filha de amigos da família da minha mulher) é uma verdadeira joia quanto mais não seja pelas preciosidades que reúne e encerra. [...] Este é um volume de conteúdo muito belo que deverá constar de qualquer livraria de golfista Português que se preze."
Obrigada, Rui Afonso!

Não ter de fazer propostas

Demorou 13 anos, mas agora Linda Formichelli já não precisa de fazer propostas para ter uma agenda cheia de trabalhos freelance. Uma grande conquista que se pode ler aqui: Why I haven't written a query since 2010 - and 5 ways you can stop querying but still make a living as a freelance writer.

Escrever para a Web

Um guia a não perder - com os erros mais comuns e as melhores dicas para os contornar - para quem escreve para a web, por Paul Bradshaw: 8 common mistakes when writing for the web - and what to do about them.

Obrigatório.

CV: mais empreendedorismo, menos papel

A primeira pergunta que a maioria de nós faz quando está à procura de emprego, de uma "oportunidade", é esta: como é que eu vou enriquecer o meu CV? Preciso de mais formação, preciso de um estágio, preciso de mais experiência... para colocar no CV e conseguir um trabalho a sério.

À primeira vista, esta linha de pensamento não parece má de todo: ter um bom CV (algo que possa reunir alguma informação importante sobre ti), fazer formação, ganhar experiência, não são más ideias - podem realmente valorizar um profissional. O problema é que isto pode ser o início de um ciclo vicioso: para arranjar trabalho tenho de ter um bom CV; mas para enriquecer um CV tenho de ter um trabalho, mais experiência.

E este ciclo vicioso pode ser muito frustrante: faz-se formação em série em tudo e mais alguma coisa, reza-se por uma oportunidade, aceitam-se estágios não remunerados, porque "no estado em que o mercado está, só assim consigo ganhar experiência para pôr no CV".

Mas este não tem de ser o caminho. Não tem mesmo. Eu sempre fui da opinião que, se as oportunidades não aparecem, há que criar a oportunidade. Se não há ninguém que te possa oferecer um cargo que te faça ganhar experiência, cria o teu cargo, torna-te freelancer (mesmo que esta não seja a solução milagrosa para resolver os nossos problemas financeiros mais imediatos), faz-te ao empreendedorismo. Se há profissões que nos permitem trabalhar por conta própria sem investimentos avultados, porque não fazê-lo?

Adam Westbrook diz mesmo que esta é mesmo a melhor alternativa ao gasto CV. E eu não podia estar mais de acordo.
"So stop spending your time filling out your CV and asking for recommendations on your LinkedIn profile. For God’s sake get out there and do something. Create. Make a film. Start a business. Write a book. Launch a website. You don’t need anyone’s permission."
The alternative to your journalism CV é de leitura obrigatória. Para quem anda por aí "à procura de oportunidades". Em jornalismo, mas em tantas outras áreas...

Manter o contacto

Mudar de site, ganhar um prémio ou até mesmo ir de férias podem ser excelentes desculpas para manter o contacto com clientes e editores, reforçar as colaborações actuais e reatar as mais antigas.

Quem o diz é Linda Formichelli, em 7 excuses to stay in touch with editors and clients, e eu assino por baixo.

Nos bastidores da estória: Do B.Leza de todas as noites à itinerância

"Nós não desistimos. Não depende só de nós, mas tudo aquilo que pudermos fazer para que o B.leza reabra, faremos", dizia-me Madalena Saudade e Silva, à mesa de um café em Campo de Ourique. Estávamos no final de Janeiro de 2009 e eu era jornalista do Guia da Noite.

Naquela manhã conheci a mulher por detrás do saudoso B.Leza. A discoteca africana tinha fechado em 2007, deixando órfãos muitos noctívagos lisboetas, apaixonados pelos ritmos quentes e pelo fervilhante caldeirão de culturas instalado no velho palácio do Largo Conde Barão. Questões relacionadas com o aluguer do espaço estiveram na origem do desfecho; vieram logo os abaixo-assinados, apareciam esperanças de reabertura de quando em vez e, nos entretantos, o B.Leza lançava-se na itinerância: não estava a ser fácil encontrar um lugar para poisar de vez quando marcámos a entrevista.

Apanhei o velho eléctrico de volta à redacção impressionada com a paixão, a persistência e o trabalho de Madalena Saudade e Silva e da irmã, que não desistiam do projecto por nada. Afinal, o B.Leza não era apenas uma discoteca africana em Lisboa, era um símbolo de uma cidade mestiça, era um legado de família, um pedaço da vida de muita gente diferente.

Três anos depois de ter escrito esta estória, o B.Leza reabriu mesmo. Foi esta sexta-feira, dia 2, num sítio diferente mas, diz quem sabe, com o mesmo espírito de sempre.

Madalena Saudade e Silva sabia o que dizia: era mesmo só uma questão de tempo.

Sobre a estória:
Do B.leza de todas as noites à itinerância pode ler-se no Guia da Noite Lx Magazine #9 (2009), P. 28.

Ser um profissional das estórias

O Jorge Vaz Nande escreve para cinema e televisão, publicou prosa e poesia e também faz slam - foi assim que conheci o trabalho que faz com as palavras, no primeiro concurso de poetry slam em Portugal, organizado pelo Festival Silêncio.
Nas últimas semanas, diz, deu-se conta de que trabalha "nisto de escrever prosa" há já cinco anos. A data mereceu uma interessante reflexão, não só para roteiristas como ele, mas para todos nós, os profissionais das estórias:

Escrever: 5 anos, 10 regras.
"Qualquer roteiro, livro, artigo de jornal ou post de blog é a defesa de alguma coisa. Quando o enviamos para o mundo, seja através de um email para o nosso chefe ou clicando no “Publish” aqui do lado, estamos a dizer “este texto é aquilo que eu acho que um texto deve ser”."

É feliz aqui?

Susannah Breslin acha que não estamos a fazer as perguntas certas durante as entrevistas de emprego. E se em vez de perguntarmos o vencimento, o horário, as condições, perguntássemos simplesmente ao nosso entrevistador...
"É feliz aqui?" 

Nascer jornalista e/ou aprender a sê-lo

Muito interessante a reflexão de Paul Bradshaw sobre as soft skills de um jornalista: nasce-se jornalista ou aprende-se a sê-lo? Ou, afinal, trata-se de uma combinação de talento natural e boa formação?

Algumas pistas estão em Soft skills: can you make a 'born journalist'?

Ideias de mudança

Excelentes e certeiras as 9 ideas para el cambio en la industria de los medios, de Francisco Pérez Latre. Obrigatório ler.

[Dica de António Granado]

Jornalismo especializado: Prós, contras e dicas

Specialist journalism: rounds, beats and patches é um excelente manual básico do Media Helping Media para quem quer entrar a fundo no jornalismo especializado, com os dois lados da balança e excelentes dicas.

Preço à peça Vs Preço por hora

Uma das primeiras dúvidas de quem começa uma carreira como freelancer é a questão dos preços: quanto cobrar? Faço um preço à peça ou à hora?

Genevieve DeGuzman acha que cobrar à hora é quase sempre um mau negócio. E eu também.

O poder de um "Obrigado"

Para Gwynneth Anderson dizer "obrigado" pode valer a um freelancer um novo trabalho e fortalecer contactos ou criar novos, para além de ser a melhor forma de deixar um projecto.

The two little words that will help you get more freelance writing assignements dá que pensar: quando foi a última vez que agradeceste uma oportunidade?

As 10 etapas de uma carreira como freelancer

A 10-step process to a successful freelance career é um artigo simples, directo e divertido de April Borbon sobre as etapas que todos - sim, todos - os freelancers têm de passar para chegar ao sucesso. O pior/melhor (riscar o que não interessa) é que tudo isto é mesmo verdade.

Jornalismo das pessoas

Não, não se trata do tão falado jornalismo do cidadão. Steve Yelvington fala de um outro tipo de jornalismo, mais espontâneo e mais ligado às redes sociais e às comunidades online que aos tradicionais media: o jornalismo das pessoas.

Vale mesmo a pena ler People's journalism isn't 'citizen journalism'.

Produção de Conteúdos: A importância de ter um guia de estilo

A coerência de estilo não deve ser exclusiva dos media tradicionais. Qualquer organização, empresa ou freelancer que trabalhe conteúdo online e offline só tira vantagens em redigir e seguir um Guia de Estilo: reduzir ao máximo as discrepâncias de ortografia, de tom, voz, formatação, etc. é uma marca de qualidade e referência.

Corey Eridon, do HubSpot Blog, apresenta algumas dicas simples para criar guias de estilo em The simple template for a thorough content style guide.

Jornalismo & Social Media

A quem diz que o jornalismo e os social media não se devem misturar, Victoria Reitano responde assim:
"Can you be both a social media coordinator and an editor, or journalist/reporter? Are they completly contraditory terms? If they are, the media industry is doomed."
O artigo completo lê-se aqui: Social Media Coordinator and Editor: Mutually exclusive? 

Ter tempo para o marketing

Não há volta a dar: sem marketing não há carreira freelance que sobreviva. Mas como encontrar tempo, entre todos os outros afazeres de um freelancer, para a promoção e prospecção de novos clientes? Chris Bibey dá algumas dicas em Freelance writers: how to make time for marketing.

Não ter um site ou blog...

.... é o maior erro que a maioria dos jornalistas/escritores/produtores de conteúdos faz, diz Sean Platt.
Toca a corrigi-lo!

Conseguir um trabalho como freelancer

Quem costuma ler o Pink Slipped sabe como é Susannah Breslin: directa e sem papas na língua. Talvez por isso tenha conseguido "safar-se" tão bem no mundo do freelancing e demonstre tanta força para enfrentar o cancro da mama e ainda falar disso.

É dessa mesma forma directa que Breslin dá 3 excelentes conselhos para quem quer começar uma carreira como freelancer. Persistência, timing e, basicamente, deixar-se de pieguices (sem quaisquer conotações políticas aqui) são os três ingredientes principais de How to get a freelance job.

Truques para detectar erros

Comigo está sempre a acontecer: revejo os textos mil e uma vezes mas, quando já estão publicado, detecto sempre uma gralha, um erro ou uma frase que não soa tão bem quanto isso e que me tinha passado ao lado.

David Brewer tem a solução para isto. E que solução! Em Tips for journalists: Spotting your own mistakes, o editor do Media Helping Media ensina os jornalistas a "enganarem o cérebro" e oferece uma série de óptimos truques para detectar erros - os nossos próprios erros. Obrigatório.

Pedir feedback...

... é essencial para ajudar uma comunidade a crescer e para aumentar os níveis de engagement, diz Melanie Brooks em Grow your community by asking questions.

Dicas para melhores tweets

O estudo da Carnegie Mellon's School of Computer Science sobre o Twitter já aí está há algum tempo, mas só agora consegui olhar atentamente para as principais conclusões. Melanie Brooks, do Freelance Switch, faz um excelente apanhado dos resultados do estudo e ainda dá excelentes dicas para quem quer construir melhores tweets. Tudo aqui: Build a better tweet.

Ser autodidacta

Adam Westbrook acha que o ser humano não só pode aprender seja o que for, como deve fazê-lo. Eu, que também tenho dado por mim a mergulhar em novos temas, conceitos e aprendizagens, sinto o mesmo.

Apostar em formação profissional ou aprender como autodidacta. Seja como for... You can learn anything, and why you should.

Notícias populares no Twitter

Um estudo do Social Computing Lab Group chegou à conclusão que as notícias mais populares no Twitter dependem de 4 factores principais. Eliana Zak diz que estas descobertas podem levantar algumas questões importantes para os jornalistas em The 4 factors that make news stories popular on Twitter.

Equipa de ciberjornalismo de investigação

Depois de nos ter brindado com esta excelente série de três artigos, Paul Bradshaw apresenta agora a equipa ideal para fazer ciberjornalismo de investigação. Moving away from 'the story': 5 roles of an online investigations team é simplesmente imperdível.

Podio: Uma rede social para trabalhar

Há mais uma plataforma de trabalho online que vale a pena experimentar. Chama-se Podio e já está disponível em português.

A este propósito, vale a pena ler a entrevista que Kasper Hulthin, um dos fundadores, deu à jornalista Daniela Espírito Santo, do P3, aqui: Podio: "É como o Facebook, mas para trabalho".
"A Podio quer mudar a maneira como as pessoas fazem o seu trabalho. É uma plataforma que permite que cada pessoa, mesmo que não consiga pagar para fazer o seu próprio programa, possa ter todas as aplicações necessárias para realizar o seu trabalho. Para além disso, permite que qualquer pessoa crie as suas próprias aplicações, seja para organizar dados ou contactar clientes. Tudo é possível, pois temos mais de 50 mil aplicações diferentes, sendo que a maioria foi criada pelos nossos utilizadores." Kasper Hulthin @ P3

Copywriting freelance em 4 passos

É um dos melhores (e mais completos) guias que já li para quem acabou de tomar a decisão de se tornar um copywriter freelancer: 4 steps to becoming a freelance copywriter, de Michael Parker.

Faz o teu próprio caminho

Adam Westbrook diz tudo o que precisa de ser dito em Your unique route into journalism.
"Whatever it is you want to do with your life: be a BBC News foreign correspondent, edit a magazine, make a documentary about climate change, write a book, be an NPR producer, and every other job in our industry in-between, remember there is no single route. There is no right way.
There is only your way."

Os 10 mandamentos do produtor de conteúdos

Produzir conteúdos para marcas pode ser um desafio mais interessante do que aquilo que parece à primeira vista. Basta, para isso, puxar pela criatividade, apostar no profissionalismo e estabelecer um plano de trabalho organizado. Para começar, vale mesmo a pena espreitar 10 habits of Top-Notch content creators, de Pamela Vaughan, um post que é quase uma lista de "10 mandamentos" do produtor de conteúdos dos dias de hoje.

Guia para jornalistas "digital first"

É obrigatório o guia para jornalistas "digital first" que Steve Buttry apresenta em Questions to guide a Digital First reporter's work on any beat.

É que está lá tudo: que estórias cobrir em liveblogging; quando e como apostar no beatblogging; que fontes contactar, como e quando; como fazer crowdsourcing; que dados podem ajudar a contar a estória; como criar uma comunidade; vídeo; curadoria de conteúdos; sinergias com a edição impressa, etc, etc, etc.

Jornalismo: Resoluções para 2012

Se o Calendário Maia estiver correcto e este for mesmo o último ano do mundo como o conhecemos... Mike Brannen gostaria que cada estória finalmente tivesse o tamanho/duração que merece e que os fait-divers com que as televisões gostam de terminar os noticiários entrassem em vias de extinção. Estas e outras resoluções para o jornalismo em 2012 podem ler-se em 2012: The Apocalypse and the final year of journalism.

Com ou sem fim do mundo... vale a pena espreitar e pôr em prática.

Porquê eu

Tal como nas entrevistas de emprego, os freelancers também devem estar preparados para responder a perguntas difíceis - mas legítimas - como "porque é que te devo contratar a ti e não a outro freelancer?". Chris Bibey sabe que ter uma boa resposta na ponta da língua pode ser meio caminho andado para conseguir o trabalho, por isso apresenta uma excelente lista de argumentos para utilizar em caso de emergência em What sets you apart from other writers?

Um exercício para fazer frequentemente.

Agarrar os leitores à estória

Truques para aguçar o apetite de um leitor para a estória há muitos. Com o tempo, são ferramentas que até aplicamos inconscientemente nos textos e cada jornalista começa a ter o seu "ingrediente secreto" para incentivar o leitor a passar da entrada. A convite do Write to Done, Linda Formichelli apresenta 5 imperdíveis sugestões que vale mesmo a pena seguir.

Gmail para freelancers

Importar contas profissionais de e-mail, organizar o correio, criar filtros, adicionar ferramentas para tornar tudo mais fácil ou manter contacto com actuais e potenciais clientes.

Sue Fleckenstein acha que os freelancers não estão a usar todas as potencialidades do Gmail. E é capaz de ter razão...

Redes sociais e serviços de apoio ao cliente

Se muitas marcas estão a utilizar o Facebook ou o Twitter como mais uma ferramenta de apoio ao cliente, outras estão apreensivas com a possibilidade de as suas páginas se tornarem verdadeiros antros de queixas, reclamações e má reputação.
A pensar neste dilema, Ben LaMothe deixa uma excelente sugestão em Social media to continue to change costumer service in 2012.
"A lot of the time, customer issues can bog down the official brand page, which isn’t necessarily meant to handle questions like that. Creating a separate channel for that purpose helps to ensure that questions are answered quickly and problems are resolved."

Reinventar o jornalismo em 10 passos

Empreendedorismo online, envolvimento com a comunidade, dar importância às pessoas e às suas estórias, sair dos bastidores, imediatismo, ética, transparência - mais que objectividade -, incentivar e prestar atenção ao feedback, verdade sem interesses. Para Howard Owens, 10 passos como estes são meio caminho andado para a reinvenção do jornalismo.

O que a Kodak pode ensinar às redacções

O que é que a iminente falência da Kodak tem a ver com o jornalismo? Não muito, diria. Mas se pensarmos que algumas redacções - outrora pioneiras e referências na sua área - também são hoje gigantes em queda na era do digital, não é difícil perceber a semelhança. E aprender com ela.

What newsrooms should learn from Kodak é um artigo de Steve Yelvington e vale mesmo a pena espreitar.

2012: O ano do conteúdo de qualidade

Tanto nas redes sociais como no jornalismo online, os utilizadores procuram - e vão procurar cada vez mais - conteúdo de qualidade. Quem não apostar nisto vai perder, seguramente, o comboio, diz Anum Hussain em 8 reasons you'll get buried alive without quality content.
"People will be constantly looking for better, fresher, and more unique content -- and if you're not providing it, they'll head over to someone who is."

Social Media: Previsões para 2012

Cindy King, do Social Media Examiner, juntou 30 especialistas em social media para perceber quais as principais tendências para 2012 nesta área. O resultado está em 30 social media predictions for 2012 from the pros e é de leitura obrigatória.

Notícias nos social media

Os social media são óptimas ferramentas para nos mantermos actualizados e para termos um acesso rápido e fácil às principais notícias, ao que se passa na web e no mundo. Neil Vidyarthi mostra como em 5 fastest ways to get your news using social media.

Pensar digital (primeiro)

O conceito de "Digital First" parece estar a ganhar adeptos entre as redacções, mas para que se instale definitivamente, os jornalistas têm de começar a pensar digital. Steve Buttry mostra como em 10 ways to think like a Digital First journalist.
"4. When a Digital First journalist hears a great quote or an interesting fact, he thinks, 'I better tweet that'. 
5. A Digital First journalist gets more excited about a lot of retweets or a prominent link to a story than about play on the front page of a newspaper."

Mais nichos a explorar

Ryan Broussard continua a dar bons exemplos de nichos que os jornalistas podem e devem explorar em Niche journalism - Part two.

Crise de identidade

Como muitos de nós, que trabalhamos em diferentes registos e plataformas, Chris Mandle, editor do Blokely, está com uma crise de identidade: não sabe se se deve identificar como jornalista ou como redactor (nem até que ponto isto tem alguma importância).

Jornalismo em 2012

Sarah Marshall apresenta 10 conselhos que os jornalistas deveriam seguir no ano que agora começa. Conceitos como os de curadoria, partilha, nicho, comunidades on e offline, valor acrescentado e multimédia não faltam em Ten things journalists should know in 2012.


[Dica de António Granado]

Escrever para social media

O post já não é novo, mas só dei de caras com ele agora que está entre os melhores de 2011 para o Advancing The Story.

Writing for social media, de Deb Wenger, é uma compilação dos melhores conselhos para quem escreve profissionalmente para redes sociais que vale mesmo a pena recuperar.