Qualquer jornalista sabe aquilo em que é particularmente bom. Todos nós acabamos, quase naturalmente, por encontrar uma especialização numa temática ou área, porque é isso que mais nos interessa e entusiasma. E uma boa dose de entusiasmo pode fazer toda a diferença num trabalho.
Depois há aquelas estórias para as quais temos menos talento. Exigem mais esforço, não fluem da mesma maneira, mas nada que um bom profissional não consiga superar. A peça pode não ficar brilhante, mas é competente e bem feita quanto baste.
Até aqui, nada de complicado. O problema surge quando temos de trabalhar uma área em que estamos muito pouco à vontade, que não nos desperta muito interesse ou para o qual não sentimos qualquer "vocação". Foi o que aconteceu a Mathew Caines, o Freelancer do Wannabe Hacks, quando se viu a braços com a tarefa de escrever uma notícia da área da justiça: percebeu que, de facto, não tinha nascido para aquilo. Não conseguia gostar dos assuntos relacionados com questões legais, não era capaz de absorver os termos técnicos nem de encontrar o ângulo certo para a estória, tarefa que costuma fazer com facilidade noutros temas.
Caines admitiu que não se sentia à vontade naquela secção e decidiu não perder mais o tempo dele e do empregador num trabalho em que sabia que era mau. O freelancer diz que aprendeu uma importante "lição esquecida" e confessa que se fosse hoje pensaria duas vezes antes de aceitar o trabalho.
Termos consciência dos nossos pontos fracos é um passo tão importante quanto percebermos e explorarmos os nossos pontos fortes. Faz tudo parte de uma aprendizagem, de uma construção profissional, que se quer sólida e constante.
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