Também em Portugal, o freelancing é muitas vezes desconsiderado, quando comparado a uma posição fixa numa empresa, com horários, cargos, funções e rendimentos bem definidos. Quantos de nós, freelancers, já não tivemos dificuldade em explicar o que fazemos, como o fazemos e o quanto isso pode ser bom, contra todas as expectativas? E dentro do nosso círculo de amigos e familiares, quantas vezes não se repetiram as reveladoras palavras: "Deixa lá, vais ver que ainda arranjas um bom trabalho. Isto é só uma fase."?
Não são só as pessoas que rodeiam os freelancers que sofrem ainda desta employment mentality, que não levam a sério esta coisa do freelancing. Tomar a decisão de trabalhar por conta própria nem sempre é fácil e não raras vezes, assim que a oportunidade aparece, muitos trocam o freelance pela estabilidade e segurança que, há que dizê-lo, só um emprego pode dar. Parece que não há nada para lá do 8 ou 80: só se faz freelance quando não há mesmo mais nada para se fazer e não se pensa sequer na possibilidade de conciliar o melhor de dois mundos - manter o trabalho freelance mesmo quando se começa um part-time, por exemplo.
Já me conformei com o facto de não haver mais empregos, muito menos daqueles para a vida. Apostar no freelancing como actividade principal e não secundária é mesmo o meu objectivo. Vou trabalhar a triplicar, vou renunciar à estabilidade e segurança, vou ter de engendrar mil e uma manobras para fazer face às despesas. Mas decidi arriscar e vou fazê-lo até poder e querer. Vamos lá contrariar isto.
"The Employment Mentality treats one’s job – even if it’s as a part-time lecturer at a university as paramount. And freelancing? Well, that’s just a little something that you do on the side."
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