À primeira vista, esta linha de pensamento não parece má de todo: ter um bom CV (algo que possa reunir alguma informação importante sobre ti), fazer formação, ganhar experiência, não são más ideias - podem realmente valorizar um profissional. O problema é que isto pode ser o início de um ciclo vicioso: para arranjar trabalho tenho de ter um bom CV; mas para enriquecer um CV tenho de ter um trabalho, mais experiência.
E este ciclo vicioso pode ser muito frustrante: faz-se formação em série em tudo e mais alguma coisa, reza-se por uma oportunidade, aceitam-se estágios não remunerados, porque "no estado em que o mercado está, só assim consigo ganhar experiência para pôr no CV".
Mas este não tem de ser o caminho. Não tem mesmo. Eu sempre fui da opinião que, se as oportunidades não aparecem, há que criar a oportunidade. Se não há ninguém que te possa oferecer um cargo que te faça ganhar experiência, cria o teu cargo, torna-te freelancer (mesmo que esta não seja a solução milagrosa para resolver os nossos problemas financeiros mais imediatos), faz-te ao empreendedorismo. Se há profissões que nos permitem trabalhar por conta própria sem investimentos avultados, porque não fazê-lo?
Adam Westbrook diz mesmo que esta é mesmo a melhor alternativa ao gasto CV. E eu não podia estar mais de acordo.
"So stop spending your time filling out your CV and asking for recommendations on your LinkedIn profile. For God’s sake get out there and do something. Create. Make a film. Start a business. Write a book. Launch a website. You don’t need anyone’s permission."The alternative to your journalism CV é de leitura obrigatória. Para quem anda por aí "à procura de oportunidades". Em jornalismo, mas em tantas outras áreas...
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