A revista Veja entrevistou um dos mais conceituados repórteres brasileiros. Caco Barcellos conta como o fascínio pelas estórias o levou a deixar as ciências exactas e a fazer jornalismo; recorda os tempos de freelancer em que tinha um part-time num bar para poder continuar a fazer reportagem e partilha os caminhos de uma carreira que o levaram à Rede Globo e que fizeram dele uma referência do jornalismo no Brasil. A não perder.
Parte I - "Não sei dizer porque virei jornalista"
Parte II - "Não tinha dinheiro para pagar o aluguel"
Parte III - "Como jornalista, eu tenho muito medo, sempre"
Parte IV - "Sofri muito no meu começo na TV"
Parte V - "O Profissão Repórter"
Caco Barcellos: "Como jornalista, eu tenho muito medo, sempre".
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Patrícia Raimundo
on quinta-feira, 31 de março de 2011
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5 lições sobre blogs e jornalismo
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Patrícia Raimundo
on quarta-feira, 30 de março de 2011
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O 10,000 Words de Mark S. Luckie faz 4 anos! Para comemorar a data, o jornalista partilha 5 lições básicas que o blog lhe tem ensinado no vídeo Five things I've learned in four years of blogging about journalism. Ver e ouvir é indispensável, mas ficam aqui os destaques:
- a comunidade jornalística é pequena e tem cada vez mais meios para partilhar ideias e conhecimento - os blogs especializados são um deles.
- cuidado com os erros ortográficos e as gralhas! Os posts devem ter o mesmo rigor de escrita que qualquer artigo que leve a nossa assinatura.
- há sempre quem leia o que escrevemos, mesmo que a caixa de comentários esteja vazia.
- o jornalismo está a evoluir rapidamente - há cada vez mais meios e formas diferentes de contar estórias.
- ainda há um longo caminho de experimentação a percorrer.
Aprender com os falhanços
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Patrícia Raimundo
on segunda-feira, 28 de março de 2011
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A história de Deborah Bonello podia resumir-se numa só palavra: empreendedorismo.
A "versão alargada" conta, em pouco mais de três mil caracteres, como uma primeira tentativa falhada de se tornar correspondente freelancer no estrangeiro, só incentivou ainda mais esta jornalista a seguir em frente. Hoje é a responsável pelo mexicoreporter.com, aventura que conta já quase quatro anos de existência.
A "versão alargada" conta, em pouco mais de três mil caracteres, como uma primeira tentativa falhada de se tornar correspondente freelancer no estrangeiro, só incentivou ainda mais esta jornalista a seguir em frente. Hoje é a responsável pelo mexicoreporter.com, aventura que conta já quase quatro anos de existência.
"Creating my own, online editorial brand was the best thing I ever did. The site has brought in uncountable commissions, got lots of great reviews and write-ups and of course, scored me a couple of full-time jobs. Yes, it is an unpaid labour of love, but it’s a space to innovate and experiment. The important thing is to exercise the same journalistic and editorial standards that you would if you were working for an established newspaper – the work will speak for itself."
Jornalismo e activismo
Are journalism and activism compatible?, foi a questão que David Brewer lançou no Twitter a propósito de um artigo sobre a relação entre o jornalismo e os conflitos em África. As respostas e a opinião do autor resultaram numa reflexão pertinente e muito actual publicada no Media Helping Media.
Facebook para jornalistas
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Patrícia Raimundo
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Muito interessante esta nova forma de se estar Facebook. Paul Bradshaw explica, passo a passo, como é que um jornalista pode criar uma página para divulgar o seu trabalho através de um prático RSS Feed.
Preparar terreno para o freelancing
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Patrícia Raimundo
on quarta-feira, 23 de março de 2011
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Não raras vezes, o freelancing aparece na vida das pessoas como uma espécie de solução de recurso. O desemprego, que entra sem bater à porta, é talvez uma das principais razões pelas quais a maior parte das pessoas se atira - ou é atirada! - para o trabalho por conta própria.
Mas não tem que ser assim. Preparar terreno para o freelancing é possível, é mais tranquilo, seguro e pode prevenir alguns desgostos, como mostra o excelente artigo de Alexander Dawson no Freelance Switch Getting started: the first steps to freelance freedom.
Confesso que, antes de a vida me trocar as voltas, era mesmo este o meu plano para 2011: continuar a trabalhar em full-time e voltar activamente às colaborações. Mantinha um rendimento fixo, essencial à minha sobrevivência e à realização do trabalho, e poderia embarcar na aventura do freelancing com riscos minimizados. Isto até, idealmente, conseguir manter-me apenas como freelancer. Qualquer coisa como preparar a terra e investir nas sementes.
Por agora os tempos exigem outras manobras. Preparar, cultivar e colher pequenas porções de terreno ao mesmo tempo. Há que estar preparado também para os Planos B...
Ter um emprego antes de fazer freelancing
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Patrícia Raimundo
on terça-feira, 22 de março de 2011
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Não é condição essencial nem garantia de sucesso, mas parece-me que ter tido um emprego antes de se fazer freelancing pode ajudar bastante ao bom funcionamento da engrenagem:
- passar por uma redacção como jornalista da casa é uma verdadeira lição, essencial a qualquer jornalista em início de carreira;
- ter um trabalho fixo permite ganhar prática e ter trabalho feito para mostrar;
- o contacto com os editores torna-se, de longe, mais fácil quando já há um "histórico" de trabalhos prévios;
- cultiva-se uma boa carteira de contactos, uma das ferramentas mais importantes para um freelancer;
- criam-se possibilidades de colaboração futura entre antigos empregados e empregadores.
Sobre esta questão, Amanda Hackwith escreve um interessante artigo onde compara os percursos profissionais dos freelancers que começaram por ser empregados e dos que sempre trabalharam neste regime: Open Thread: Should you work for an employer prior to freelancing?.
Formar freelancers é preciso!
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Patrícia Raimundo
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freelancing
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Numa altura em que os contornos do emprego e as necessidades do mercado de trabalho estão a mudar, as universidades e escolas de jornalismo deviam acompanhar a tendência e ajudar a formar freelancers, como defende Robert Steiner numa recente entrevista divulgada pelo Ponto Media.
Assino por baixo quantas vezes forem precisas! Cada vez mais sinto a necessidade de voltar a ter formação e, sobretudo de partilhar histórias, conhecimento e conselhos práticos com quem também está nestas andanças, tantas vezes solitárias.
Obrigada pela dica, António Granado.
Assino por baixo quantas vezes forem precisas! Cada vez mais sinto a necessidade de voltar a ter formação e, sobretudo de partilhar histórias, conhecimento e conselhos práticos com quem também está nestas andanças, tantas vezes solitárias.
Obrigada pela dica, António Granado.
Sobreviver ao desemprego
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Depois de três meses de procura intensiva, Alice Vincent conseguiu trabalho na versão online da Wired. Em Looking back: how to survive unemployment, a Maverick do Wannabe Hacks concentra as principais lições que aprendeu durante o tempo em que esteve desempregada. Eu, que também já tenho algum conhecimento de causa neste departamento, subscrevo tudo. Mas não posso deixar de acrescentar um conselho: para mim, a melhor maneira de sobreviver à falta de emprego é criá-lo. O freelancing pode não ser o emprego ideal ou o objectivo de todos os jornalistas desempregados que enchem o mercado, mas é, sem qualquer sombra de dúvida, uma das melhores formas de não estar parado, de continuar a fazer currículo, de mostrar trabalho, de aprender mais, de conhecer pessoas, de experimentar coisas novas, de criar oportunidades. Nem que seja nos entretantos.
Pontos fortes e fracos
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Patrícia Raimundo
on quinta-feira, 17 de março de 2011
Qualquer jornalista sabe aquilo em que é particularmente bom. Todos nós acabamos, quase naturalmente, por encontrar uma especialização numa temática ou área, porque é isso que mais nos interessa e entusiasma. E uma boa dose de entusiasmo pode fazer toda a diferença num trabalho.
Depois há aquelas estórias para as quais temos menos talento. Exigem mais esforço, não fluem da mesma maneira, mas nada que um bom profissional não consiga superar. A peça pode não ficar brilhante, mas é competente e bem feita quanto baste.
Até aqui, nada de complicado. O problema surge quando temos de trabalhar uma área em que estamos muito pouco à vontade, que não nos desperta muito interesse ou para o qual não sentimos qualquer "vocação". Foi o que aconteceu a Mathew Caines, o Freelancer do Wannabe Hacks, quando se viu a braços com a tarefa de escrever uma notícia da área da justiça: percebeu que, de facto, não tinha nascido para aquilo. Não conseguia gostar dos assuntos relacionados com questões legais, não era capaz de absorver os termos técnicos nem de encontrar o ângulo certo para a estória, tarefa que costuma fazer com facilidade noutros temas.
Caines admitiu que não se sentia à vontade naquela secção e decidiu não perder mais o tempo dele e do empregador num trabalho em que sabia que era mau. O freelancer diz que aprendeu uma importante "lição esquecida" e confessa que se fosse hoje pensaria duas vezes antes de aceitar o trabalho.
Termos consciência dos nossos pontos fracos é um passo tão importante quanto percebermos e explorarmos os nossos pontos fortes. Faz tudo parte de uma aprendizagem, de uma construção profissional, que se quer sólida e constante.
Depois há aquelas estórias para as quais temos menos talento. Exigem mais esforço, não fluem da mesma maneira, mas nada que um bom profissional não consiga superar. A peça pode não ficar brilhante, mas é competente e bem feita quanto baste.
Até aqui, nada de complicado. O problema surge quando temos de trabalhar uma área em que estamos muito pouco à vontade, que não nos desperta muito interesse ou para o qual não sentimos qualquer "vocação". Foi o que aconteceu a Mathew Caines, o Freelancer do Wannabe Hacks, quando se viu a braços com a tarefa de escrever uma notícia da área da justiça: percebeu que, de facto, não tinha nascido para aquilo. Não conseguia gostar dos assuntos relacionados com questões legais, não era capaz de absorver os termos técnicos nem de encontrar o ângulo certo para a estória, tarefa que costuma fazer com facilidade noutros temas.
Caines admitiu que não se sentia à vontade naquela secção e decidiu não perder mais o tempo dele e do empregador num trabalho em que sabia que era mau. O freelancer diz que aprendeu uma importante "lição esquecida" e confessa que se fosse hoje pensaria duas vezes antes de aceitar o trabalho.
Termos consciência dos nossos pontos fracos é um passo tão importante quanto percebermos e explorarmos os nossos pontos fortes. Faz tudo parte de uma aprendizagem, de uma construção profissional, que se quer sólida e constante.
10 ferramentas para ciberjornalistas
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Patrícia Raimundo
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A Internet oferece cada vez mais e melhores formas de contar estórias. John Einar Sandvand apresenta 10 ferramentas essenciais para ciberjornalistas, das quais destaco o Dipity.com - para criar timelines -, e o Polldaddy.com - para sondagens simples. Já não há desculpas para sites estáticos e pouco interactivos.
Um jornalista deve ser polivalente ou um especialista?
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Patrícia Raimundo
on domingo, 6 de março de 2011
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O assunto está na ordem do dia e tanto preocupa recém-licenciados em jornalismo como jornalistas que já estão no mercado de trabalho: para ser bem sucedido, um jornalista deve ser o mais polivalente possível ou, pelo contrário, deve tornar-se um especialista em determinada área ou assunto?
Emanuelle Esposti, convidada do Wannabe Hacks, dá a melhor resposta a esta questão que alguma vez li: Jack-of-all-trades or specialist? You must be both.
Emanuelle Esposti, convidada do Wannabe Hacks, dá a melhor resposta a esta questão que alguma vez li: Jack-of-all-trades or specialist? You must be both.
Colunching: juntar freelancers ao almoço
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Patrícia Raimundo
on quinta-feira, 3 de março de 2011
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Chama-se colunching e é um novo conceito que pode ajudar muitos freelancers a quebrar a monotonia que trabalhar em casa pode trazer. A ideia é juntar à hora de almoço vários trabalhadores independentes e promover o convívio, por um lado, e, por outro, novas oportunidades de trabalho e de parceria.
O jornalismo daqui a 25 anos
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Patrícia Raimundo
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As previsões são de Paul Bradshaw e, como não poderia deixar de ser, dão origem a mais um interessante artigo. Destaco três tendências que já começo a sentir na pele:
- A profissão de jornalista vai ser cada vez mais parecida com a de músico: o conceito de "emprego para a vida" já não encaixa nas novas realidades e, tal como na música, para muitos pode ser difícil viver-se apenas do jornalismo tradicional;
- O jornalismo vai ser cada vez mais especializado... e previsível.
- A morte anunciada dos jornais vai continuar em cima da mesa...
A tal da objectividade...
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Patrícia Raimundo
on quarta-feira, 2 de março de 2011
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Paul Bradshaw faz uma pergunta mais que pertinente no Wannabe Hacks: Objectivity has changed - why hasn't journalism?. Enquanto lia o artigo - uma interessante revisão da história da objectividade jornalística -, vieram-me à memória as aulas de Teoria da Notícia. Já nessa altura, o professor Nelson Traquina dizia, com uma sabedoria muito própria, que a objectividade é um colar de alhos que o jornalista coloca para se proteger de acusações. Nunca me vou esquecer disto: a objectividade é como um colar de alhos. Quanto mais não seja porque, sempre que precisar, tenho estas notas para consulta rápida: